Ansiedade pode gerar Síndrome do Pânico

A Doença ou Síndrome do Pânico é uma das manifestações de ansiedade excessiva, tratada por psiquiatras com medicação temporária, se preciso, e com orientações psicológicas (psicoterapia). Trata-se de uma crise muito desagradável na qual a pessoa tem a sensação de que vai morrer, de que vai ter um enfarte, ou vai perder o autocontrole, com sensação de que vai enlouquecer.

Ocorre taquicardia (batimentos cardíacos acima do normal), sudorese, sensação de sufocação, extrema aflição, muita insegurança e pânico mesmo. Dura alguns minutos, passa, voltando a ocorrer no futuro, na mesma semana ou não.

Sob o ponto de vista psicológico, a Doença do Pânico é um transbordamento da ansiedade na mente consciente da pessoa. Há autores que a descrevem como estando presente em pessoas que aparentemente são autônomas, independentes, assim como em dependentes e passivas.

Quando elas sentem que algo ameaça sua segurança afetiva e vínculo afetivo com outros indivíduos significativos para a pessoa, surge um curto-circuito emocional, gerando os sintomas descritos, configurando a Síndrome ou Doença do Pânico.

Do ponto de vista biológico, acredita-se que há um distúrbio temporário em certos neurotransmissores (substâncias que atuam nas células nervosas do cérebro), que fazem a mediação ou reação neuroquímica responsável pelas emoções.

Uma pessoa pode ter uma só crise de pânico na vida ou ter a Doença do Pânico quando tem crises que se repetem. Ela pode existir junto com uma fobia ou não, especialmente a agorafobia que é o medo de espaços abertos e medo de estar só em ambientes que para a pessoa geram muita insegurança.

Fobia é o deslocamento de ansiedade em um ponto da realidade no qual a pessoa pode melhor suportar. Ela é a concentração da ansiedade em outros pontos que não o central e básico do conflito da pessoa. É um medo específico e muito exagerado. Fobia, por exemplo, de elevador, representa simbolicamente algo que na verdade incomoda a pessoa emocionalmente em seu inconsciente.

A fobia, portanto, é uma defesa contra a ansiedade que resulta do conflito básico na mente da pessoa para o qual ela pode não ter consciência até que esteja pronta para tal.

Para algumas pessoas, qualquer ameaça ou tentativa de afastamento da pessoa com quem se sentem muito seguras e ligadas afetivamente de maneira importante, produz uma ansiedade tal que elas podem experimentar uma crise de pânico justamente por ser essa uma maneira do excesso de ansiedade se manifestar.

Para resolver, a pessoa precisa, portanto, aprender a desenvolver mais segurança interiormente, não ter medo do medo, não concentrar-se no que sente ou como seu corpo está funcionando, mas desviar a mente para outras coisas. Se fez exames médicos clínicos incluindo avaliação cardíaca (exame físico, eletrocardiograma, ergometria, etc.) nos últimos meses, para evitar a crise disparar, é importante lembrar a si mesma que sua saúde física é boa, que o médico disse que não há nenhum problema no coração.

Se não fez avaliação cardíaca, então deve fazer para descartar a existência de doença cardíaca ou encontrar algo e tratar. É comum pessoas com Doença do Pânico terem prolapso de válvula mitral que em geral não requer tratamento específico, a não ser reduzir as fontes de estresse que causam excessiva ansiedade de forma crônica.

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