A neurologista Sandra Black, do Centro de Ciência Sunnybrook, com sede em Toronto, comentou com surpresa: "Acreditávamos que as mulheres manifestavam uma maior atrofia do cérebro porque são consideradas mais vulneráveis a essa doença, mas as provas recolhidas demonstraram o contrário".
A pesquisa, a primeira a examinar as diferenças entre os sexos em relação à parte do cérebro que controla as emoções e a memória, levou em consideração outros fatores, como as diferenças no nível de instrução e a medida do crânio.
Os novos dados agora obtidos podem levar a novos testes para diagnósticos e a diferentes formas de terapia para homens e mulheres.
"Será importante", acrescentou Black, "uma análise em separado para os homens e para as mulheres, de maneira que os pacientes não sejam curados do mesmo modo, mas em grupos separados, observando como respondem aos métodos de tratamento".
É ainda um mistério a origem dessa enfermidade neurológica degenerativa, que priva gradualmente as pessoas de sua independência e faculdades mentais. Cerca de 4,5 milhões de pessoas sofrem dessa doença nos Estados Unidos e por volta de 280 mil no Canadá.
O mal de Alzheimer, que causa incapacidade para pensar, recordar, compreender e tomar decisões, não tem cura. Alguns medicamentos, porém, atenuam seus sintomas.