Comer em casa é um hábito cada vez mais incomum no dia a dia das pessoas. Há tempos, fazer refeições em um restaurante era reservado para as ocasiões e comemorações especiais, hoje é uma necessidade da vida moderna.
Segundo pesquisa realizada pela GKF Brasil, 51% dos brasileiros fazem refeições fora de casa frequentemente e quase 12 milhões comem fora todos os dias da semana.
Antes que alimentar-se fora de casa se transforme em problemas de saúde e aumento de peso, a nutricionista Luciana Serra lembra que o importante é ficar de olho no quanto e no que colocar no prato.
A combinação correta dos alimentos é, também, um fator importante para um bom rendimento no trabalho. O tradicional prato arroz, feijão e bife não é uma boa opção para quem ainda tem um dia de trabalho pela frente.
De acordo com a nutricionista, o organismo concentra grande parte do fluxo sanguíneo para a digestão desses alimentos deixando o fluxo no cérebro diminuído.
Com isso, a concentração e o raciocínio ficam mais lentos, causando a conhecida sonolência da tarde. Para evitar essa preguiça pós-refeição ou a sensação de mal-estar, o ideal é não combinar proteínas de origem animal (carnes, ovos, leite e derivados) com leguminosas (feijões, vagem e ervilha) ou com amido (arroz, massas, batatas, trigo e derivados).
“O melhor acompanhamento para as proteínas são as saladas e os legumes, especialmente aqueles que não contêm amido em sua constituição. Se optar por amidos, combine com verduras e feijões, mas exclua totalmente as carnes”, recomenda a especialista.
Combinação alimentar
Verduras e legumes frescos não podem faltar no prato. Luciana Serra avisa que é bom evitar legumes e verduras muito cozidos, pois nesse estado já perderam praticamente todo o seu valor nutritivo.
Outro cuidado que se deve ter é ao temperar saladas, pois o excesso de molho cremoso ou maionese pode deixar um prato leve, indigesto. A indicação é não colocar mais que duas colheres do molho, utilizar apenas azeite de oliva e sal -com moderação – e para substituir o vinagre, usar limão.
Caso a opção seja por uma boa massa, as mais indicadas são as acompanhadas por alho e óleo, ao sugo, com ervas ou verduras, deixando-se de lado os acompanhamentos feitos com molhos cremosos ou à base de carne.
Na hora de escolher o seu prato de carne, frango ou peixe, a nutricionista adverte para as peças gordurosas ou fritas e condena as opções preparadas com creme de leite como estrogonofe. “Além de indigestas pela inadequada combinação alimentar, criam um meio ideal para a proliferação de microorganismos”, adverte.
Diversificação
Alimentar-se com frequência em restaurante, cria uma tendência de repetir os mesmos pratos, mas é preciso diversificar as opções. É importante variar o cardápio e ampliar as opções de proteínas (carnes, peixes, ovos), de amidos e de legumes e verduras. “É bom evitar uma grande variedade de alimentos em uma mesma refeição, para não confundir e saturar o sistema digestivo”, sugere a nutricionista.
Outra dica importante é resistir à sobremesa e ao cafezinho. Doces após a refeição só vão aumentar o volume de calorias ingeridas, além de acidificar o sistema digestivo, dificultando a digestão e a assimilação de nutrientes.
O mesmo vale para o cafezinho. Mesmo preferido pela maioria dos brasileiros, é bom substituí-lo por um chá digestivo.
Muitas pessoas sentem a necessidade de comer um doce após a refeição. Caso não resista a esse apelo, a dica da nutricionista é de que seja consumido pelo menos duas horas após a refeição.
Emagrecer no inverno
No inverno, o metabolismo basal se intensifica cerca de 20% a 30%, por isso, se gasta mais energia para manter o aquecimento do corpo. No entanto, muitas pessoas relatam aumento de peso durante a estação.
No hist,órico das reuniões do Vigilantes do Peso, há muitos relatos de pessoas que sentem mais fome no inverno, dificultando a perda de peso e assim culpam o clima mais frio pelo sobrepeso acumulado.
De acordo com a nutricionista Sônia Almeida, vários fatores podem ser atribuídos aos quilinhos a mais: a escolha de pratos mais gordurosos e, portanto, mais calóricos e a redução da atividade física.
Para que o emagrecimento durante o inverno se processe de forma natural, evitando-se o efeito “platô”, ou seja, uma parada no emagrecimento, e principalmente para que não ocorra aumento de peso, é necessário por em prática alguns ensinamentos básicos. Confira as dicas do Vigilantes do Peso para você emagrecer durante a estação fria:
Administre sua fome. Comer várias vezes ao dia ajuda a administrar a fome, manter o corpo em constante metabolismo, favorece a queima de calorias e emagrece.
Faça melhores escolhas alimentares. Escolha frutas ricas em vitaminas C, como laranja, caju, lima, acerola, mexerica e abacaxi. Inclua legumes e folhas verde-escuras nas sopas e massas para aumentar o consumo de fibras. Prefira alimentos integrais, que promovem maior saciedade.
Mude a forma de preparar os alimentos. Faça os pratos de inverno que mais gosta na versão light: fondues com queijos magros, com chocolate light e frutas. Prefira, também, feijoada light e sopas com legumes.
Intensifique a atividade física. Se estiver frio para uma atividade física, faz exercícios em casa. Vale subir e descer várias vezes as escadas do prédio, por exemplo.