O controle inadequado do diabetes está associado ao aumento de complicações cardíacas, vasculares, renais e oculares, levando a um maior absenteísmo e altos custos das internações. Tais complicações podem ser prevenidas ou pelo menos minimizadas por meio do diagnóstico precoce da doença e do controle rigoroso da glicose.
Para tanto, os especialistas costumam orientar seus pacientes a fazer a determinação da glicose e da hemoglobina e/ou frutosamina com regularidade. Assim, são necessárias múltiplas picadas diárias para obtenção da glicemia capilar (glicose em sangue de ponta de dedo), assegurando um melhor controle da glicose. Com o objetivo de permitir uma avaliação mais precisa, e com mais conforto, surgiu recentemente o sistema de monitoração contínua da glicose, disponibilizado em Curitiba pelo Laboratório Frischmann Aisengart.
O endocrinologista Mauro Scharf informa que o exame consiste na instalação de um sensor no tecido localizado entre a pele e a camada de gordura do abdômen, acoplado a um monitor, do tamanho de um celular, que verifica a glicose a cada 10 segundos e registra a média dos resultados a cada 5 minutos, durante 72 horas, totalizando até 288 medições ao dia. Ao final do exame, as glicemias são transmitidas para um computador e processadas por meio de um programa específico, que permite a visualização em tabelas e gráficos da oscilação da glicose e, conseqüentemente, fornece ferramentas ao médico assistente para o ajuste fino do controle da doença.
O exame é indicado para pacientes com diabetes de difícil controle, gestantes que estejam fazendo terapia com insulina, pacientes diabéticos insulino-dependentes ou não, visando otimizar a terapia, e até na investigação de hipoglicemia em pacientes não diabéticos.
De acordo com Scharf, as informações que o monitoramento fornece é como se assistíssemos a um filme completo, o oposto de ver apenas algumas fotografias, como acontece quando realizamos somente algumas glicemias capilares durante o dia.
