Todo mundo já sabe sobre a necessidade do uso de preservativos para evitar doenças sexualmente transmissíveis, principalmente a Aids.
Entretanto, dados do Ministério da Saúde (MS) mostram que alguma coisa está errada.
Nos últimos 10 anos, o número de casos de infecção pelo vírus HIV entre mulheres com mais de 50 anos, mais que triplicou. Uma pesquisa do MS revela que mais de 55% das brasileiras acima dessa idade tem vida sexual ativa, mas 72% delas não usam nenhum tipo de preservativo.
Há a falsa percepção de que elas e os seus parceiros sejam imunes ao vírus. Para Ângela Carvalho, ginecologista geriátrica e sexóloga, é uma atitude que pode vir com a história de vida dessas mulheres.
Quando elas começaram a ter relações sexuais, o perigo da doença ainda não existia, por isso, há certa resistência em usar o preservativo. “Elas podem achar que isso é coisa só para os jovens, um erro gravíssimo”, reconhece.
Também pode ter influência nesse cenário a bagagem cultural que a mulher tem dentro de si. Elas que cresceram em uma sociedade marcada pelo machismo, e, por isso, têm dificuldade em exigir o uso do preservativo pelo companheiro.
Dessa forma, a decisão de usar ou não a camisinha acaba sempre com o homem. Essas situações podem ser facilmente corrigidas, por meio de orientação adequada, e muito diálogo entre a comunidade e os profissionais de saúde.