A acupuntura, técnica milenar chinesa que usa agulhas para estimular pontos do corpo e que há 11 anos é reconhecida como especialidade médica no Brasil, vem ganhando cada vez mais espaço, pois prova cientificamente a eficiência na cura, na prevenção de doenças e em outros distúrbios que afetam o organismo. A mais recente descoberta é a utilização da acupuntura para o tratamento de infertilidade masculina.
O médico e vice-presidente da Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura no Paraná (SMBA-PR), Mauro Carbonar, comenta que, em apenas dois meses de tratamento, homens com disfunção do aparelho reprodutor tiveram um aumento de 85% no número de espermatozóides. Muitos pacientes que estavam se tratando há vários anos com procedimentos convencionais de fertilização já conseguiram mudar a situação. ?A técnica mostra que, além de trazer benefícios físicos, também diminui o custo e o tempo do tratamento?, garante o médico.
Estímulo
De acordo com os acupunturistas, a rapidez do tratamento é o que chama mais atenção dos pacientes. Depois da realização do espermograma, exame que mede a quantidade e a qualidade dos espermatozóides, o especialista já pode avaliar os pontos que receberão as agulhas.
Carbonar adianta que os principais pontos estão localizados nos rins e no fígado, uma vez que possuem ligações com os terminais nervosos que acionam os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do espermatozóide. ?Para estimular esses pontos, as agulhas são colocadas na coluna vertebral e nos tornozelos?, esclarece.
Normalmente, os homens que apresentam essa disfunção já nascem com esse problema e passam vários anos tentando se curar e agora ganharam um novo aliado na acupuntura. ?Quanto mais velho for o homem, menor será a produção de espermatozóide. O estresse, a má alimentação e o uso de substâncias tóxicas também podem prejudicar a vitalidade destas células?, explica o urologista Edson Gurfinkel. De acordo com o médico, algumas doenças também influenciam na produção do sêmen, como disfunções ejaculatórias, distúrbios hormonais e imunológicos, infecções e efeitos de drogas, como agrotóxicos, inseticidas e entorpecentes.
