Adaptação ao horário de verão demora até 15 dias

Odiado por uns, adorado por outros. Apesar das opiniões contrárias, não adianta reclamar, pois a partir de terça-feira entra em vigor mais uma edição do horário de verão, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora. Instituído em 1931 – mas aplicado de forma ininterrupta desde 1985 -, o horário de verão tem como principal objetivo reduzir o consumo de energia, evitando riscos de sobrecarga nos horários de ponta, entre 19h e 22h.

A 31.ª edição do horário de verão será adotada nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Ele começa à 0h de terça-feira e segue até a 0h do dia 20 de fevereiro de 2005, somando 110 dias de duração. A data de início foi modificada este ano por um pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para não interferir no calendário das eleições municipais.

Apesar de parecer um mecanismo simples, o horário de verão pode exigir das pessoas um processo de adaptação, que dura de 3 a 15 dias. A médica neurologista e especialista em distúrbios do sono, Márcia Assis, comenta que todas as pessoas passam por esse processo, mesmo sendo apenas uma hora de diferença: “Como nosso sono está sincronizado com as funções do organismo, precisamos de um tempo para adaptação”. Entre os sintomas que podem aparecer nos primeiros dias estão sonolência, fadiga ao longo do dia, enjôo, náuseas e falta de concentração.

A médica lembra que não adianta resistir ao horário de verão e, para facilitar a adaptação, recomenda na primeira semana evitar o consumo de alimentos e bebidas estimulantes e de cigarros. Cerca de meia hora antes de dormir, procurar relaxar, para o corpo desacelerar. A prática de exercícios físicos durante o dia também ajuda na qualidade do sono.

Já o cardiologista e clínico geral Nelson Marcelino entende que o horário de verão não traz muitas dificuldades. Mas aconselha que, para melhor adaptação, as pessoas procurem despertar e dormir sempre no mesmo horário, para regular o relógio biológico.

Mesmo com essas dicas dos colegas, o médico Luiz Antônio da Silva não gosta do horário de verão: “Ele atrapalha meu sono e eu não consigo me adaptar”, afirmou. A caixa Lúcia de Lima diz que sente dificuldades para levantar, pois “ainda é noite”, e sente uma certa sonolência durante o dia. Ela necessita de uma semana para se adaptar ao novo horário.

Já a desempregada Tatiane Condessa Franco Muller diz que se sente mais disposta: “Acho até que ele poderia ser mais longo”, comentou. O contador Gilson Conti também aprova o horário de verão, e diz ficar estimulado a praticar exercícios. “No final do dia ainda está claro e a gente pode aproveitar melhor”, garantiu.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo