Uma pesquisa mundial realizada pela Bayer HealthCare acaba de identificar o novo perfil sexual da mulher moderna, a “mulher vitalsexual”. Acima dos 40 anos e dona de si mesma, ela considera o sexo fundamental, quer espontaneidade na vida sexual, mais diálogo e acredita na importância de satisfazer plenamente o seu parceiro. O resultado foi apresentado durante o 9.º Congresso da Sociedade Européia de Medicina Sexual, um dos mais importantes encontros anuais sobre sexualidade que reúne especialistas do mundo todo para apresentar os mais recentes estudos, avanços e tendências sobre a saúde sexual da população.

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Intitulado “O Sexo e a Mulher Moderna”, o estudo comportamental oferece um retrato do ponto de vista das mulheres sobre o que é relevante quando o assunto é sexo. Trata-se da maior pesquisa já realizada com foco no comportamento sexual feminino. A pesquisa também explora o impacto da disfunção sexual do homem, ou dificuldade de ereção (DE), a partir dos testemunhos pessoais de mais de 14 mil mulheres. O levantamento mostra que, nos casais que convivem com a DE, mais da metade das mulheres (52%) expressaram o desejo de melhorar a vida sexual, número bem maior em relação ao grupo de mulheres cujos parceiros não enfrentam este problema.

Sexo é importante para todas

A pesquisa constatou que 48% das mulheres entrevistadas se encaixam nesse novo perfil de comportamento. ?Mais que desejar uma vida sexual ativa e de qualidade, essas mulheres demonstram um pensamento muito similar ao do homem, pois classificam o sexo como um dos mais importantes pilares do relacionamento?, destaca o sexólogo e presidente do congresso John Dean.  ?A vida sexual do casal é outro ponto de destaque para a mulher ‘vitalsexual’. Ao contrário de quantidade, elas querem mais qualidade?, complementa o especialista.

Realizada durante os meses de abril e junho de 2006, a pesquisa envolveu mulheres de diversos países, inclusive do Brasil. ?Há diferenças culturais interessantes na motivação sexual, mas o sexo é importante para todas?, afirma o sexólogo. Esse estudo completa o conceito do casal “vitalsexual”, pois apresenta similaridades entre homens e mulheres quando o assunto é sexo e relacionamento. A mesma pesquisa realizada pela Bayer focada no público masculino foi concluída em 2005. Agora, com os dados da sexualidade feminina, as conclusões podem ser aprofundadas. ?Já sabemos que ambos valorizam o sexo e desejam uma relação sexual com qualidade, comunicação e espontaneidade?, esclarece Alexandre Schiola, gerente-médico do laboratório.

A mulher vitalsexual

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Ela tem mais de 40 anos, é casada ou mantém um relacionamento amoroso estável, possui uma vida socioeconômica ativa e já conquistou espaço e reconhecimento profissional na sociedade. Assume que o sexo é importante para sua qualidade de vida e 85% delas deixam claro que espontaneidade sexual é fundamental para a sua satisfação sexual e de seu parceiro. Cuidar do corpo e da mente também são atividades fundamentais para o público feminino entrevistado. A comunicação com o parceiro é outro ponto que todas destacam que precisam ter e/ou melhorar. Estão dispostas a ajudar e a aconselhar o parceiro não só nos quesitos que proporcionam mais prazer, mas também quando há barreiras que afetam diretamente o sexo, como a disfunção erétil (DE) e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Como a disfunção erétil afeta os relacionamentos

– 6 em cada 10 mulheres declaram que o relacionamento não mudaria muito;

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– Uma em cada cinco mulheres relata que o parceiro atual ou passado sofre ou sofreu de disfunção erétil pelo menos uma vez;

– Apenas 7% afirmam ter vivenciado o distúrbio somente uma única vez.