A identificação de doenças pela íris

Descobrir as condições clínicas do paciente por meio de uma foto da íris é a proposta da iridossomatologia, ciência que estuda o corpo humano através da íris. Além de identificar doenças já instaladas, é possível levantar qual a predisposição do organismo para desenvolver outras doenças com o passar dos anos.

Pelo menos é o que propõe o médico Luiz Antônio Gauer Moreira, que acompanha os estudos sobre a iridossomatologia há trinta anos. Segundo ele, alterações nos olhos já eram relacionadas a problemas de saúde no antigo Tibet, Índia e China. Ele explica que existem apenas quatro cores de íris: azuis, verdes, castanhas e mel, e que variações dessas tonalidades podem indicar algum distúrbio orgânico. “Se uma íris de cor azul estiver muito branca, já é um indicativo de processos reumáticos. No caso de uma íris castanha estar muito preta, há uma alteração dos componentes do sangue”, exemplificou o médico.

Uma das vantagens da iridossomatologia é a prevenção, pois uma doença pode ser identificada e tratada antes mesmo do surgimento de algum sintoma. Gauer Moreira ressalta que independente de qualquer queixa, é feito um levantamento de quinze itens relacionados à saúde do paciente, entre os quais, oxigenação do sangue, integridade da coluna e funcionamento do aparelho digestivo. “A partir daí se pode avaliar se saúde está boa, regular ou ruim”, diz, acrescentando que no fim do diagnóstico o paciente recebe o tratamento ou é encaminhado para um especialista.

O médico comenta que a iridossamatologia não pode ser comparada com a iridologia, ciência que também se propõe a investigar doenças por meio da íris. “A iridologia aplica-se no estudo de cerca de vinte situações isoladas e diferentes, já a iridossomatologia é possível trabalhar com mais de 5 mil situações”, disse. A diferença dos temas será discutido durante um curso que acontece este mês em Curitiba.