O mercado de trabalho está ficando cada vez mais exigente. Ser fluente em outras línguas, ter noções de informática, fazer cursos importantes na sua área, ter um bom relacionamento para trabalhos em grupo são apenas alguns dos pré-requisitos exigidos de um candidato para que ele concorra a uma boa vaga no mercado de trabalho. Não obstante a tantas exigências, agora, é preciso também ser magro.
Pelo menos, é o que indica uma pesquisa realizada pelo Grupo Catho, com presidentes e diretores de grandes organizações. Os resultados revelam que 65% dos 31 mil entrevistados têm alguma restrição na contratação de pessoas obesas e que a aparência é um fator muito importante na contratação de executivos, pois é a primeira coisa observada.
Conforme dados da pesquisa, a discriminação em relação aos obesos é real e o excesso de peso influencia no salário dos funcionários. O estudo também conseguiu mostrar que as pessoas magras ganham mais. ?Cada ponto a mais no IMC ? Índice de Massa Corporal – significa, para um gerente, que ele ganha R$ 92,00/mês a menos?, aponta o documento.
Para Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, a discriminação contra o obeso é uma atitude inaceitável. ?A obesidade é uma doença e precisa ser tratada?, ressalta. A pesquisa revela que a sociedade condena o obeso, facilitando o surgimento de sentimentos de rejeição, assim, rotular o excesso de peso como um desvio social, gerado pela falta de autocontrole, é um comportamento inadmissível. Para o dirigente, a sociedade não pode ser conivente com essa atitude, não permitindo que a ditadura da beleza se instale, também, no ambiente de trabalho.