A dermatite atópica é uma doença crônica da pele que tem associação direta com as doenças alérgicas. Também chamada de eczema constitucional, é caracterizada por lesões principalmente na região do cotovelo e joelhos. Normalmente, atinge pessoas com histórico pessoal ou familiar de alergias. “Cerca de 70% de filhos das pessoas com asma e rinite desenvolverão a dermatite atópica”, afirma a Dra. Silvana Lessi Coghi, dermatologista do Hospital e Maternidade São Camilo-Pompéia.
Por estar intimamente ligada a doenças alérgicas, a dermatite atinge cerca de 30% dos indivíduos que sofrem também de asma ou rinite alérgica e 15% de quem já apresentou algum surto de urticárias.
Segundo a Dra. Silvana, alguns fatores podem intensificar a manifestação da doença como excesso de banho, baixa imunidade, contato com substâncias irritantes, infecções, alguns tipos de alimentos,stress emocional e até o frio e o calor.
A dermatite atópica é mais comum em crianças dos 3 aos 11 anos e inicia-se a partir do terceiro mês de vida podendo prosseguir até dois anos. Em adultos, a manifestação pode ocorrer a partir da adolescência.
Coceiras constantes, lesões, descamações na pele e pele seca são os principais sintomas da doença. As lesões atingem principalmente regiões de dobras como joelhos e cotovelos. O tratamento consiste no uso de banhos, hidratação da pele a base de óleos ou cremes.
Alguns hábitos simples podem evitar a piora da dermatite atópica. A Dra. Silvana orienta os pacientes a usar roupas de algodão e folgadas no corpo, evitar tecidos de lã e fibras sintéticas. “Manter a pele hidratada e o cuidado com o excesso de banho já é primeiro passo”, diz a médica. A médica faz um alerta: hábitos familiares podem interferir no tratamento.