5% da humanidade sofre da tireóide

Cerca de 5% da população mundial apresenta problemas relacionados ao funcionamento da tireóide, glândula localizada na região do pescoço e responsável pela produção de hormônios (T3 e T4) que fornecem energia para as células do organismo, regulando todo o metabolismo do corpo. Os problemas atingem pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, inclusive crianças, porém são mais comuns em mulheres acima dos 40 anos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil 10% das mulheres acima de 40 anos e 20% das que possuem mais de 60 anos manifestam algum problema na tireóide. Os sintomas iniciais costumam ser cansaço, fraqueza, cãibras, pele seca, dor de cabeça, palidez, unhas e cabelos fracos, entre outros. Em estado mais avançado, ocorre ausência de suor, ganho de peso, inchaço, rouquidão, redução da sensibilidade olfativa e de tato, falta de ar, dores musculares e perda de audição.

“O tratamento dos problemas ligados à tireóide é simples: basta fazer reposição do hormônio THT, que é o hormônio estimulante da glândula”, afirma o chefe da unidade de tireóide do Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Hans Graf. “O mal é que muitas pessoas não os identificam precocemente e, quando eles já estão em estado mais avançado, percebem o comprometimento de diversos órgãos e sistemas do organismo.” Em recém-nascidos, problemas de tireóide, como o hipotireoidismo, são identificados pelo teste do pezinho. Se não forem descobertos, a criança pode vir a apresentar retardo mental.

Para prevenir e identificar problemas, Hans aconselha pessoas com mais de 35 anos a passarem por triagem médica de cinco em cinco anos. Em casa, pode-se fazer um auto-exame periódico para identificar possíveis nódulos na tireóide. “Basta, na frente de um espelho, estender a cabeça para trás, engolir um pouco de água e observar possíveis alterações na glândula, que sobe e desce quando a pessoa engole”, explica, lembrando que 4% da população mundial têm nódulos na tireóide. “Em 5% destas pessoas os nódulos são identificados como câncer.” Segundo o endocrinologista, se o câncer for tratado em fase inicial, as chances de cura são grandes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo