Depois de dois anos fechado para a visitação, o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, é reaberto ao público. Um projeto de revitalização e brigas judiciais foram os motivos que marcaram a demora da reabertura do local.
Para visitar o complexo de Vila Velha o turista terá que desembolsar R$ 7. Quem quiser visitar apenas a Lagoa Dourada pagará R$ 5 – antes do fechamento, o acesso era gratuito. Estudantes pagam meia entrada e grupos de pesquisa, com agendamento prévio, têm acesso livre. Já Furnas ainda continuará fechada à visitação. O governo – responsável pelo parque – precisa concluir algumas obras antes de liberar a entrada, o que não tem data para acontecer.
O horário de visitação será de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. Inicialmente, o número de visitantes será limitado a 800 pessoas. O turista terá acesso ao interior do parque através de dois microônibus. A circulação de veículos particulares dentro do parque não será mais permitida. As visitas serão acompanhadas por monitores e o passeio será restrito. Em um primeiro momento, não haverá lanchonete e nem churrasqueiras no interior do parque.
Vila Velha foi fechada em 18 de janeiro de 2002 para o projeto de revitalização, que custou cerca de R$ 5 milhões. Em 10 de dezembro de 2002, ele foi pré-inaugurado, mas não aberto ao público. Por entender que as obras que estavam sendo executadas no local não contemplavam na íntegra um projeto de manejo e ainda traziam prejuízos ao ecossistema da região, um grupo de ambientalistas travou uma batalha jurídica contra a reabertura do parque.
O complexo
O Parque Estadual de Vila Velha foi criado em 1958 e tombado como patrimônio histórico e natural em 1966. Distante 18 quilômetros do centro de Ponta Grossa – e 80 quilômetros de Curitiba – o parque é constituído por diversas formações rochosas.
Essa formação é o resultado do depósito de um grande volume de areia, que aconteceu há mais de 340 milhões de anos. Na época, a região estava coberta por um lençol de gelo.
Com o degelo, o material acabou se solidificando, e as gigantescas figuras de pedra foram se formando através de processos naturais como a erosão, chuvas e ventos. As formações sugerem as mais variadas figuras, como o camelo, índio, noiva, garrafa, bota, esfinge e taça.
As Furnas, localizadas a 3 quilômetros dos arenitos de Vila Velha, são crateras circulares que aparecem isoladas na vastidão dos campos. As três crateras têm uma profundidade de mais de 100 metros, preenchidas com um grande volume de água. Em uma das furnas há um elevador panorâmico que desce 54 metros até uma plataforma flutuante, localizada a três metros do nível da água.
A Lagoa Dourada tem a mesma origem das Furnas. Há uma ligação subterrânea entre elas através de um lençol freático. O nível das águas é o mesmo das Furnas. No entanto, um desnível do solo a transforma em crateras profundas. A lagoa possui 320 metros de diâmetro e abriga diversas espécies de peixes. Ao seu redor, a vegetação é densa e de grande porte. Ela recebeu esse nome porque as águas refletidas pelo sol tornam-se douradas, o que proporciona um belo espetáculo.
Quem quiser agendar visitas ao Parque Estadual de Vila Velha pode ligar para (42) 228-1138.
