O pequeno vilarejo que nasceu ao redor da Igreja de Nossa Senhora d?Ajuda (1549) ainda preserva ali mesmo grande parte de seu comércio. É o comércio mais popular, onde o turista vai encontrar lojas de roupas e souvenirs, lanchonetes, restaurantes e algumas das casas noturnas de Arraial. A pequena Broadway, ou ?Bróduei?, apesar de não lembrar nem de longe a rua homônima nova-iorquina, é também ponto de tráfego constante de pedestres pela grande quantidade de estabelecimentos. E ela faz parte desse centrinho, nada glamouroso, mas que tem lá o seu charme justamente porque reflete a forma de vida do morador local. É alegre, despojado, ativo.
Até há alguns anos, era só ao redor da Broadway que a noite de Arraial acontecia. Hoje, outro ponto que ganhou destaque e vem atraindo os turistas: a Rua do Mucugê. A partir das seis da tarde, a ruazinha estreita de paralelepípedo é o principal ponto de encontro da cidade. Ali o turista vai encontrar excelentes restaurantes – muitos dos quais de estrangeiros -, bares com música ao vivo, boates para quem gosta desde rock a música eletrônica e, interessante, muitas lojas de roupas sofisticadas, acessórios, artesanato, souvenirs, que abrem as portas somente às 18h e costumam fechar à meia-noite.
No Arraial d?Ajuda Eco Parque, a piscina de ondas lembra a continuação do mar de Mucugê. |
Como as noites são sempre quentes, quase todos os restaurantes têm mesas ao ar livre como opção para os mais encalorados e música ao vivo, também tocada sob a luz da lua. A opção gastronômica é variada. O Restaurante Manguti, por exemplo, serve filés de carne com molhos diversos que acompanham massas, além de comida caseira, peixe e camarão. Uma dica é o filé Manguti que acompanha nhoqui. É bem servido e custa R$ 25 por pessoa.
Criatividade é a característica do preparo dos pratos do Aipim, situado no Beco do Jegue. ?Uma cozinha sem fronteiras?, define o proprietário e chef José Roberto Bittar. Dentre os pratos, bem sofisticados, estão trouxinha de salmão com suflê de espinafre o bombom de peixe. Ambos custam R$ 32 por pessoa.
Tirolesa é um dos esportes radicais oferecidos no parque. |
Na Rua do Mucugê há ainda comida gaúcha, japonesa, mexicana, tailandesa e outras. Vale também uma visita ao Beco das Cores, um beco mesmo que resume tudo que há na Rua do Mucugê. Reúne creperia, cachaçaria, loja de roupas indianas, bar com karaokê, restaurante japonês, loja de bolsas e acessórios num só lugar. E a festa vai até o último cliente deixar a mesa.
Apesar de ser à noite que essa área gastronômica ganha vida, é interessante um passeio também durante o dia para apreciar o bom gosto da arquitetura dos estabelecimentos e sua aura para lá de cosmopolita. (DS)
Resort incentiva integração com a vila
Fotos: Danielle de Sisti |
Centro histórico: lá estão os índios vendendo seu artesanato. |
Arraial d?Ajuda, Porto Seguro, Trancoso e Caraíva oferecem, juntos, 4,5 mil leitos espalhados em mais de cem hotéis e pousadas. Em Arraial, há desde pousadas simples e intimistas até as mais sofisticadas. O melhor é que a grande maioria é bem próxima a praias próprias para banho. O único resort do distrito é o Arraial d?Ajuda Eco Resort, na Praia de Apaga Fogo, exatamente onde o Rio Buranhém se encontra com o mar.
São 169 apartamentos e suítes, dois restaurantes – um deles com gastronomia internacional -, cinema, salão de jogos, business center, clube infantil e um centro de convenções com capacidade para 830 pessoas.
Todo decorado com madeira, palha e outros materiais da região, o resort tem um ar de sofisticação sem perder a característica de um hotel à beira-mar. Ao contrário de muitos resorts com a mesma estrutura, tem uma equipe de recreação que não incentiva a prática de atividades com música alta ou que possam incomodar quem não está participando dela. As atividades oferecidas são para entretenimento e relaxamento e as músicas são selecionadas – não se toca axé, por exemplo.
A noite ganha mais vida na Rua do Mucugê, que concentra bares e restaurantes, como o Manguti. |
Apesar de ser um resort, o local propõe a integração do hóspede com a região onde está inserido, por isso, incentiva os passeios ao entorno. ?O conceito do hotel é ser uma base de conforto, tranqüilidade e boa comida, mas oferecemos programação fora para que o turista conheça a região e seja gerado um turismo sustentável?, diz Viviani Tomé, gerente de marketing do hotel.
Parque
Além do resort, os hóspedes podem usufruir também o Arraial d?Ajuda Eco Parque, do mesmo grupo, situado a 4,5 quilômetros do hotel, na Praia do Mucugê. Trata-se de um parque aquático, de frente para o mar, com piscina de ondas, rio lento, piscina de jogos e hidromassagem, toboáguas e que oferece ainda a prática de esportes radicais como tirolesa, rapel e arvorismo, além de esportes náuticos na Praia do Mucugê.
No Aipim, pratos sofisticados de uma cozinha ?sem fronteiras?. |
O complexo abrange ainda praça de alimentação, berçário, boutique, estacionamento e abriga o Projeto Coral Vivo, de preservação da espécie.
Quem é hóspede do hotel não paga a entrada do parque, que custa, para o público em geral, R$ 40 por pessoa. Crianças de até um metro têm cortesia.
Pacote para o Réveillon
O resort prepara uma noite especial com show da bateria da Escola de Samba Portela para comemorar a entrada de 2006. Os pacotes de sete noites custam a partir de R$ 8.437 em apartamento duplo luxo. Incluem café da manhã; acesso ilimitado, com transfer ao Arraial d?Ajuda Eco Parque; travessia do Rio Buranhém com balsa exclusiva do hotel; traslado gratuito para a Vila do Arraial d?Ajuda todas as noites, exceto no dia 31 de dezembro; buffet tropical com grelhados à beira da piscina com almoço do dia 30 de dezembro; ceia de Réveillon com bebidas, música ao vivo, show pirotécnico e brinde; festa na danceteria com som de DJ até as 5 horas da manhã e brunch de Ano-Novo no dia 1.º de janeiro.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (73) 3575-8500 ou pelo site www.arraialresort.com.br. (DS)