Luiz Gustavo Mantovani posa
com personagem da Disney,
em um de seus passeios na Califórnia.

Embora uma viagem de intercâmbio possa ser feita em qualquer época do ano, o mês de julho é sempre o mais lembrado para dar início ao projeto de morar em outro país, para estudar ou trabalhar. Quem quiser aproveitar para embarcar nesta experiência este ano ainda há tempo. A World Study, em Curitiba, oferece três opções de intercâmbio: True (programa de trabalho remunerado para universitários nos Estados Unidos), Au Pair (programa de trabalho remunerado como baby-sitter em casa de família norte-americana) e o High School (programa de estudo equivalente ao Ensino Médio).

Se a intenção é conhecer a fundo o cotidiano dos americanos, vivendo nos Estados Unidos exatamente como eles vivem, o True é o programa ideal. Os inscritos são colocados no mercado de trabalho, como hotéis, restaurantes, lanchonetes, parques temáticos e hotéis-cassinos.

Os pré-requisitos para o programa é ter entre 18 e 28 anos, estar matriculado em uma universidade e ter conhecimentos básicos de inglês. A inscrição custa R$ 80 e o programa, US$ 1.900. Neste preço estão incluídas passagens aéreas São Paulo/Miami/São Paulo ou São Paulo/Nova York/São Paulo, seguro saúde, garantia do primeiro emprego, DS-2019 (documento necessário para a obtenção do visto de trabalho – J-1), assistência 24 horas e reuniões de orientação, que acontecem no Brasil e na chegada aos Estados Unidos. Despesas com visto, trechos domésticos, taxas de embarque e acomodação são pagas à parte pelo candidato.

AuPair

Mulheres com idade entre 18 e 26 anos podem participar do AuPair. O programa prevê trabalho como baby-sitter em casa de família, cuidando de crianças (os “irmãos americanos”), por um período de doze meses. Para isso, a candidata precisa do DS 2019, formulário para retirada do J-1, visto de trabalho e estudo.

Para participar do programa, é preciso, além de idade entre 18 e 26 anos, ter concluído o Ensino Médio (2.º grau), ter conhecimento de inglês em nível intermediário, bom estado de saúde (não fumar), não ter antecedentes criminais, ter carteira internacional de habilitação e experiência no cuidado com crianças.

A taxa de matrícula é R$ 80 e o programa custa US$ 290 (pagos anteriormente à aplicação dos testes psicológico e de inglês e na retirada do dossiê) e mais US$ 500 como pagamento caução, que deve ser feito após a confirmação da família, na retirada do DS 2019, formulário para obtenção do visto J-1.

Neste preço total estão incluídos matrícula, teste psicológico e de inglês, entrevista, auxílio no preenchimento do dossiê, formulário DS 2019, passagens aéreas internacionais saindo de São Paulo, orientação em Nova York por quatro dias, acomodação em hotel e alimentação, passagem aérea do trecho interno nos Estados Unidos, seguro-saúde norte-americano de doze meses, salário semanal de cerca de US$ 140, acomodação em quarto individual na casa da família, refeições, bolsa-auxílio para curso de inglês ou cultural de até US$ 500 (anual) pagos pela família americana e suporte de uma coordenadora local.

A participante tem direito ainda a um dia e meio de folga por semana e a um fim de semana completo de folga por mês. Durante os doze meses, serão dez dias de férias remuneradas e o 13.º mês do programa é livre podendo ser usado pela participante para fazer turismo pelo país.

Os US$ 500 pagos como caução são devolvidos à participante no cumprimento dos doze meses de trabalho, além da passagem aérea de retorno até o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). As despesas com passaporte, visto, carteira de motorista internacional, tradução juramentada da certidão de antecedente criminal, passagem aérea do trecho doméstico no Brasil, trecho doméstico de volta nos Estados Unidos e as taxas de embarque são por conta da participante.

High School

Dirigido para jovens com idade entre 15 e 18 anos, o High School é oferecido em diversos países, dentre os quais Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e alguns europeus.

Correspondente ao Ensino Médio brasileiro, o curso pode ser feito durante um semestre letivo (cinco meses) ou um ano letivo (cerca de dez meses). A acomodação do estudante é em casa de família, o que permite aprender ou aprimorar o idioma, de forma rápida e natural.

Se a opção for por estudar nos Estados Unidos, o preço do High School é US$ 4,4 mil para um semestre e US$ 5,4 mil para um ano letivo. Nestes preços estão incluídos, além do curso, acomodação, alimentação, orientação, documentação para retirada do visto e suporte 24 horas. Não inclui passagens aéreas, taxas consulares ou taxas de embarque.

Mais informações podem ser obtidas na World Study, situada na Avenida Sete de Setembro, 4.698, conjunto 1.204, em Curitiba. Telefone: (41) 342-1222.

Intercambistas recomendam programas

João Guilherme Rebellato, 21 anos, participou do True, em Cleveland, Ohio, de dezembro 2001 a maio de 2002. Durante dois meses trabalhou na Pizzaria HMS, onde ganhava, em média, US$ 7,25 por hora, e morou em um hotel disponibilizado pelo próprio empregador. Depois, com mais três amigos, comprou uma van e cruzou os Estados Unidos, em uma viagem de turismo de 25 dias. Em San Diego, voltou a trabalhar, desta vez como atendente em uma lanchonete da Rede KFC. João Guilherme diz ter ganho muito mais do que um up-grade nos seus conhecimentos de inglês. “Passei a dar valor a muitas coisas do dia-a-dia, amadureci muito e aprendi a me virar sozinho porque lá ninguém faz nada por você”, comenta. “Eu recomendo o programa e pretendo fazer de novo, mas quero ir sozinho para me aprofundar ainda mais na cultura dos americanos”, complementa.

O estudante Luiz Gustavo Mantovani, de 17 anos, ganhou uma bolsa de estudos para participar do High School por meio de um concurso promovido pela World Study. Com isso, optou por terminar o terceiro ano do Ensino Médio em Lake Oswego, cidade de cerca de trinta mil habitantes, situada no Estado de Oregon, de agosto de 2003 a fevereiro deste ano.

Dificuldade contornada

No colégio que estudou, havia sete intercambistas, entre eles, dois alemães, um argentino, um norueguês e um japonês. Quando viajou, Luiz Gustavo estava terminando um curso de inglês em Curitiba, mas ainda não tinha fluência, por isso, nos primeiros dias, foi um pouco difícil para acompanhar as aulas. Com o tempo, a dificuldade foi contornada e terminou o curso com as notas mais altas entre os alunos de sua turma.

Luiz ficou hospedado na residência de um casal que tinha dois filhos. Como não podia trabalhar com carteira assinada por ser participante do High School, passou a fazer pequenos trabalhos nas casas dos vizinhos, como juntar neve e folhas secas, para ganhar um dinheiro para suas despesas extras. Ganhava de US$ 5 a US$ 10 por hora. Durante sua estada nos Estados Unidos, foi três vezes passear na Califórnia, uma com amigos e duas com sua família norte-americana. Uma dessas viagens foi um presente de aniversário. Para Luiz, o intercâmbio é um ótimo investimento. “É um programa que vale muito a pena, a gente amadurece porque tem que se virar sozinho”, observa. “Agora estou pensando em fazer o True para poder trabalhar lá”.

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