A França continua sendo o primeiro destino turístico mundial. De acordo com as estimativas do Ministério do Turismo do país, a freqüência de turistas estrangeiros ficou estável em 2005, permanecendo na faixa dos 75 milhões de chegadas de turistas estrangeiros. As receitas turísticas tiveram um crescimento da ordem de 3,5%, representando 40,8 bilhões de dólares, com forte aumento da clientela americana e japonesa, que colaboraram significativamente para a balança de receitas.
Um dos fatores que auxiliam nesse resultado, além é claro, do interesse cultural, gastronômico, lazer e negócios é a própria situação geográfica do país, que possibilita um grande número de viagens de curta duração, viagens de trânsito e viagens de 12 a 20 dias para turistas mais seletos.
Desses 75 milhões de turistas estrangeiros, a metade declara que a cultura é uma das principais motivações para visitar o país. Esses viajantes culturais gastam muito em circuitos temáticos, museus, visitas, e, em média, permanecem no país por mais tempo. Aliás, 60% das entradas nos museus franceses provêm dos turistas, dos quais 34% são estrangeiros.
O turismo representa o segundo posto de excedentes na balança dos pagamentos franceses, com um excedente de 9,8 bilhões de euros, atrás somente da indústria automobilística e à frente da indústria agroalimentícia.
No total, o turismo emprega aproximadamente um milhão de pessoas, e cria um milhão de empregos indiretos. Além disso, representa 8,3% do PIB nacional.
A OMT estima que o turismo internacional deverá conhecer um crescimento de 5% a 6%, após um crescimento de 10,7% em 2004. A Europa encontra-se dentro dessa estatística e deverá ter um crescimento médio no turismo de 5%, o que não é perturbador, levando-se em consideração que a principal clientela do país, que vem da Europa do Norte e Europa Central e Oriente, mostraram os melhores resultados do ano: 7%. Além disso, com o fortalecimento do dólar, percebeu-se um retorno significativo dos turistas norte-americanos e japoneses.
As outras clientelas de mercados distantes, menos numerosas, também tiveram um aumento sensível, principalmente motivado pelo turismo emergente da China, que gera 50.000 chegadas mensais na hotelaria do país.
A notar que em 2005, houve uma ligeria baixa da clientela européia e um crescimento de turistas de mercados mais distantes, que ficaram mais tempo do que de costume, principalmente nos meses de maio, junho e setembro de 2005.
Entre os principais emissores de turistas para a França estão Ilhas Britânicas, Alemanha e Países Baixos. Ano passado, a França assistiu a um aumento do número de chegadas de turistas da América Latina de 12,3% e de 7,3% de pernoites, o que representa aproximadamente 456.268 chegadas. O Brasil está na décima primeira posição no ranking mundial de turistas estrangeiros na França, com 350 mil turistas, o que representa um aumento de 10% com relação ao ano de 2004.
Entre as regiões mais visitadas estão Paris – Ile de France, Provence e Riviera, Rhône Alpes, Pirineus, Centre Val de Loire, Aquitânia e Languedoc- Roussillon.
Copa do Mundo
Estima-se que a França será um dos países que mais vão se beneficiar com o advento da Copa do Mundo, pois acredita-se que a cada dez turistas que irão a Alemanha, três aproveitarão a ocasião para visitar a França. Um grande trabalho de marketing de imagem deverá ser reforçado no país este ano e em 2007, para divulgação de uma França mais dinâmica, contemporânea, acolhedora.
De acordo com os resultados de um estudo de prospecção realizado pela Organização Mundial de Turismo, com previsões para 2020, haveria um fluxo de crescimento geral no setor turístico, incluindo inclusive um reequilíbrio entre os países, principalmente com relação à China.
Segundo esse estudo, a França teria 106.1 milhões de turistas em 2020, com 6,8% do mercado turístico mundial. Uma análise a curto prazo mostra que, com o euro mais acessível e uma moeda local forte, as viagens internacionais aumentam.