Nada menos do que 3,1% do PIB nacional. Isso é o que representa o turismo de eventos para a economia brasileira. Em 2001, este mercado reuniu mais de 79 milhões pessoas em 327.520 eventos dos mais variados tipos e tamanhos ocorridos no país. A atividade foi responsável por R$ 4,1 bilhões de impostos arrecadados pelos cofres públicos (federal, estaduais e municipais), emprego direto de 727 mil trabalhadores e indiretamente envolve um total 2,9 milhões de postos de trabalho.
Estes e outros números fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro dos Convention & Visitors Bureaux (FBC&VB) e do Sebrae sobre a importância do turismo de eventos no Brasil.
Os resultados são impressionantes. “O estudo mostra um efeito multiplicador, que acaba proporcionando uma renda anual de R$ 37 bilhões para o País”, informa Roberto Maksoud, presidente do conselho curador do São Paulo Convention & Visitors Bureau – SPCVB.
O mapeamento indica que a região Sudeste concentra 52% dos eventos. Em segundo lugar, está a região Sul, com 19%. O Sudeste atrai o maior número de participantes – 29,5 milhões pessoas, seguida da região Nordeste, terceira colocada em número de eventos. Do total de público que participam de feiras, congressos e eventos no País, 67,2% moram nos locais onde ocorrem os eventos. Mas 26 milhões são originados de cidades diferentes das que sediam o evento, onde permanecem 2,6 dias, com gasto diário de R$ 392,05 (US$ 157).
Os gastos de visitantes e residentes resultam em um total de R$ 31,4 bilhões (US$ 14,9 bilhões). “Com a renda gerada pelas empresas e com a locação dos espaços chega-se a R$ 37 bilhões ou US$ 17,6 bilhões”, explica o presidente. O estudo revela ainda que 43,7% dos eventos ocorrem em hotéis e flats, que concentram reuniões, convenções, eventos sócio-culturais e congressos. Os teatros e auditórios têm participação de 25,5%, seguidos por clubes e estádios, que respondem por 8,1%.
Quanto à categoria, as convenções predominam, com 21,7%. Depois, estão as reuniões, responsáveis por 18,5% dos encontros. O estudo também mostra que a maior parte dos eventos acontece no segundo semestre, entre agosto e dezembro, e nos dias de semana, com 58,5%.
