Se o clima, o surfe e a hospitalidade já eram suficientes para atrair estudantes brasileiros para a Austrália, a possibilidade de trabalhar legalmente no país torna o intercâmbio mais viável. Apesar de as leis serem rigorosas, o país é um dos poucos que dão permissão de trabalho de vinte horas por semana para estudantes estrangeiros.
Segundo Henrique Ried-horst, gerente do portal de intercâmbio Sem Destino, a possibilidade de trabalhar legalmente na Austrália tem influenciado a escolha dos estudantes pelo país. ?Esse benefício é muito importante, pois permite que o jovem estude por períodos maiores, já que terá como se sustentar no país durante o curso.?
No entanto, só podem usufruir desse benefício os estudantes matriculados em uma escola australiana, de idiomas ou profissionalizante, por pelo menos quatorze semanas em período integral. O Sem Destino selecionou alguns pacotes para esse período nas principais cidades do país.
Os pacotes incluem quatorze semanas de curso de inglês intensivo (25 horas por semana), quatro semanas de acomodação em quarto individual em casa de família (com café da manhã e jantar inclusos) e seguro-saúde. As opções são Burleigh Heads (US$ 3.099), Byron Bay (US$ 3.097), Manly Beach (US$ 3.473), Gold Coast (US$ 3.250), Perth (US$ 2.599) e Cairns (US$ 2.550).
Segundo Riedhorst, os brasileiros conseguem trabalhar com facilidade, encontrando um emprego no prazo de um a dois meses. ?As vagas variam muito, mas a grande maioria dos estudantes trabalha em restaurantes, hotéis, pubs, sorveterias, etc.?
É importante lembrar que o estudante que for flagrado por um agente de imigração trabalhando além do limite de vinte horas semanais, terá seu visto cancelado e será deportado do país, sem poder retornar à Austrália por dois anos. A fiscalização também é inflexível quanto à freqüência na escola. Estudantes estrangeiros que não comparecem a 80% das aulas recebem uma intimação da imigração, podendo ter o visto cancelado e ser expulsos do país em caso de reincidência.
Visto
Para conseguir o visto, estudantes com passaporte brasileiro devem comprovar renda equivalente a AU$ 1.000 para cada mês de estada no país. Para provar que não há interesse em permanecer em território australiano, é preciso apresentar documentos que comprovem vínculos com o Brasil, como matrícula trancada em curso superior, carteira de trabalho assinada e outros. Apenas o visto de estudante dá direito a trabalhar legalmente na Austrália. Ele será concedido se o estudante estiver matriculado em curso de período integral com duração de quatorze semanas ou mais.
Dicas
Henrique Riedhorst recomenda aos interessados em estudar e trabalhar na Austrália que procurem conseguir o maior número de informações antes da viagem. ?A pesquisa pode ser feita pela internet ou procurando uma empresa de intercâmbio, porque há muitos detalhes que devem ser observados. Com uma assistência profissional, fica bem mais fácil.? Outro modo de trabalhar legalmente na Austrália é se inscrever em programas específicos de trabalho e estágio. Geralmente, as vagas disponíveis são para estudantes de Turismo e Hotelaria. Mais informações no site do Sem Destino (www.semdestino.com.br).
