O setor hoteleiro de Curitiba foi marcado por duas situações específicas em 2004: um primeiro semestre bastante negativo, repetindo a performance de 2003, e um segundo semestre um pouco melhor. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no Paraná (Abih-PR), Henrique Lenz César Filho, a expectativa sobre 2005 é grande. "Se tudo der certo, 2005 será o melhor dos últimos três anos para o setor", afirmou.

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"O ano passado e o primeiro semestre deste ano foram altamente péssimos. No segundo semestre, com a captação de mais eventos para Curitiba, o Estação Convention, o setor teve um pouco mais de oxigênio", comentou Lenz. Segundo o presidente da Abih-PR, a performance do setor de turismo depende especialmente das decisões político-econômicas do governo federal. "O governo tem que baixar os impostos, para que as pessoas possam gastar com férias em família", ponderou.

Mais hotéis

Apesar de o cenário econômico não ter sido dos melhores, pelo menos seis grandes hotéis abriram as portas em Curitiba este ano: duas unidades do Holiday Inn (uma no Batel e outra em Santa Felicidade), duas da rede Ibis, além do Hotel Pestana e Crowne Plaza. Os investimentos, segundo Lenz, superaram R$ 80 milhões e incrementaram a hotelaria de Curitiba. "Agora são cerca de 16,8 mil leitos", comentou.

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Com tantas opções de hospedagem, a taxa de ocupação é baixa: cerca de 35% neste segundo semestre contra 22% a 25% no primeiro. "É uma taxa de ocupação extremamente baixa. Viemos de uma recessão assustadora". Em relação ao faturamento, Lenz afirmou que também não foi bom. "As diárias baixaram muito por conta da concorrência. A ocupação não foi muito boa e as despesas, por outro lado, subiram assustadoramente", disse. Para 2005, a hotelaria continua apostando no turismo de eventos e negócios para alavancar o setor. "Em Curitiba não vem o turista de lazer, com exceção de dezembro, quando os visitantes vêm ver o Natal. O forte mesmo são as feiras, convenções, congressos".