São Joaquim e suas delícias de inverno

São Joaquim é uma delícia no inverno. Nem bem começou a estação mais fria do ano e os termômetros nessa pequena cidade catarinense já chegaram a registrar seis graus negativos e sensação térmica muito abaixo disso. A tão esperada neve já deu o ar da graça, colocando a cidade em destaque e atraindo milhares de turistas. Meteorologistas já estão considerando este como o outono mais frio dos últimos anos na cidade. Porém, como é próprio das cidades de interior, São Joaquim tem elementos que a tornam aconchegante. Lá o calor das bebidas quentes, como o chocolate, o quentão de vinho e o chá-de-maçã, encontrado nas lanchonetes, bares e confeitarias da cidade, têm um sabor diferente. Para vencer o frio, o visitante pode ainda se proteger com as roupas de lã, casacos, luvas, gorros e mantas confeccionados artesanalmente, outro atrativo local.

Durante a noite, a dica é reunir alguns amigos e se aquecer em volta do fogão a lenha, da lareira ou até mesmo do fogo-de-chão. Acompanhada de um bom vinho colonial e fondue, a conversa vira a madrugada, principalmente quando algum serrano entra na roda e tem “causos” para contar.

Reconhecida como a cidade mais fria do País, São Joaquim ostenta uma linda paisagem formada por campos cercados por taipas (rústicos muros de pedras), montanhas e matas de araucárias que ficam cobertas por geadas e neve, no mínimo, de duas a três vezes por ano. E quando a neve chega – como já aconteceu na última semana, cobrindo a cidade de branco – São Joaquim vira notícia nacional, pois o fenômeno é raro em um país tropical como o Brasil. Nos dias de muito frio, também acontece na cidade um festival de árvores de gelo. Para formar os pingentes cristalinos, os moradores deixam água jorrando sobre as árvores durante as noites com temperaturas abaixo de zero. O frio é tanto que a água congela e o resultado são lindas e impressionantes árvores brilhantes.

Gastronomia

No item gastronomia, vale a pena experimentar os pratos típicos, como o arroz à carreteiro, a paçoca de pinhão e muito churrasco de frescal, além de um cardápio variado à base de maçã e muitas frutas in natura, como pêra, uva, kiwi, ameixa, pêssego e a exótica feijoa (goiaba serrana). No café não podem faltar as rosquinhas de coalhada, os queijos caseiros, os doces e as compotas artesanais.

Para acomodar os visitantes, São Joaquim dispõe de bons hotéis e pousadas. Nas hospedagens rurais, que aliam rusticidade ao aconchego, os visitantes desfrutam dos benefícios do contato direto com a natureza, como o sossego e o ar puro, e têm a oportunidade de conviver com os costumes do homem do campo, como cavalgar, participar das lidas campeiras, ordenhar as vacas, praticar caminhadas, entre várias outras atividades. Para aqueles que ficam hospedados na cidade, é possível visitar os pontos turísticos, participar de passeios pelo interior do município e conhecer os pomares de maçã, mas as visitas têm que ser agendadas com antecedência pelas agências de turismo receptivo.

Rota do Paraíso

Além de São Joaquim, vale a pena conhecer os outros sete municípios da serra catarinense que integram a Rota do Paraíso. Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Lages, Rio Rufino, Urubici e Urupema oferecem roteiros integrados que reúnem paisagens deslumbrantes, esportes de aventura, contato com a natureza, festas culturais, gastronomia típica, incluindo a pesca da truta, um dos mais nobres e procurados peixes de água doce. Há mais de um ano esses municípios fundaram o Convention & Visitors Bureau da Serra Catarinense para atrair eventos e divulgar o potencial turístico da região.

Como chegar e onde ficar

São Joaquim está localizada a 450 quilômetros de Curitiba, no sudoeste de Santa Catarina, em um dos pontos mais altos da serra catarinense. As principais companhias aéreas têm vôos diários para Florianópolis. Ônibus saem diariamente do litoral para a região serrana do estado. A passagem da capital para São Joaquim custa, em média, R$ 34. Se preferir ir de carro, de Florianópolis, via BR- 282 até Bom Retiro, passando pelo município de Urubici, são 218 quilômetros de estrada até São Joaquim.

Se a escolha for pela conhecida e turística Serra do Rio do Rastro, a estrada indicada é a BR-101 até a cidade de Tubarão e, de lá, pela SC-438 em um percurso total de 288 quilômetros. Esse é o caminho mais longo, mas mais belo. Outra opção, ainda pela SC-438, é partindo de Lages, onde se cruzam a BR-116 e a BR- 282, em um percurso de 76 quilômetros.

São Joaquim tem cinco hotéis e oito pousadas, que somam cerca de 170 leitos. Há opções também de hospedagens alternativas. Mais de oitenta pousadas alternativas estão cadastradas na agência receptiva São Joaquim Tour, que atende pelo telefone (49) 233-0237. A relação de pousadas, hotéis e restaurantes pode ser obtida no site www.serracatarinense.com. Há também opção de camping. O visitante poderá obter informações sobre hospedagem e pontos turísticos assim que chegar à cidade, por meio da Central de Informações Turísticas, que funciona das 8h30 às 20h, no centro da cidade, telefone (49) 233-2790. Mais informações também na Secretaria de Turismo do município, telefone (49) 233-0411.

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