Salão cumpre uma das metas do turismo

O Brasil está com 451 produtos turísticos, entre novos e tradicionais, ?na prateleira? para serem comercializados tanto para turistas nacionais quanto estrangeiros. São produtos de 136 regiões turísticas de 959 municípios, que foram apresentados durante o Salão de Turismo – Roteiros do Brasil, ocorrido em São Paulo, entre os dias 1.º e 5 de junho, para mostrar o Brasil aos próprios brasileiros, incentivando as viagens domésticas.

Com isso, o objetivo é atingir o patamar de 65 milhões de desembarques domésticos até 2007. Ano passado foram 36,6 milhões e, em 2003, 30,7 milhões. Nos últimos doze meses (de maio de 2004 a abril 2005) foram 38,8 milhões de desembarques. Neste primeiro quadrimestre foram registrados 13,2 milhões, 20% a mais que no mesmo período do ano passado.

Mares Guia ressalta que o Salão de Turismo acaba de cumprir uma das metas do Plano Nacional de Turismo, lançado em abril de 2003, que era a de que cada um dos 27 estados brasileiros tivesse, pelo menos, três produtos turísticos formatados para serem comercializados nas feiras nacionais e internacionais. O evento mostrou que os estados têm agora mais do que o determinado. Somente o Paraná apresentou produtos de sete regiões, prontos para serem comercializados.

Além dos estandes dos estados, os produtos formatados foram apresentados para agentes de viagens de todo o Brasil, responsáveis efetivos pelas vendas, nas rodadas de negócios.

Agora, o ministério segue para cumprir as demais metas do plano: criar 1,2 milhão de empregos, atrair 9 milhões de turistas estrangeiros, gerando US$ 8 bilhões em divisas, tudo até 2007. Segundo Walfrido, a meta para este ano é criar 250 mil empregos no turismo. ?Até 2007 pretendemos ter criado 1,2 milhão, o que representa um investimento de R$ 18 bilhões na economia?, comenta.

Turismo internacional

De acordo com dados da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Brasil recebeu exatos 4.724.623 turistas estrangeiros no ano passado, 15% a mais que no ano anterior, percentual maior que o registrado no turismo mundial, que foi de 10% (dados da Organização Mundial do Turismo). Porém, ainda continua na 30.ª posição entre os destinos turísticos internacionais.

Segundo o Banco do Brasil, os estrangeiros gastaram aqui US$ 3,2 bilhões em 2004, quase 30% a mais que em 2003. Este ano, a expectativa da Embratur é receber 5,6 milhões de turistas estrangeiros e a entrada de US$ 4 bilhões em divisas. O ministro do Turismo arrisca ainda uma previsão para 2006: 6,7 milhões de estrangeiros visitando o Brasil; para 2007, o cumprimento da meta de trazer 9 milhões e, para 2010, atrair 12 milhões de estrangeiros.

Vistos e a reciprocidade

Walfrido dos Mares Guia comentou ainda outras questões relacionadas ao setor, como a flexibilização das exigências do visto para alguns estrangeiros, principalmente os norte-americanos, incluindo a ?lei da reciprocidade?. ?As negociações quanto à flexibilização estão sendo feitas via diplomacia, o Itamaraty está fazendo um trabalho para diminuir o nível de exigência deles (norte-americanos) quanto à entrada dos brasileiros, mas o problema é que eles acham que pode aumentar o número de ilegais lá?, diz.

O ministro ressalta a importância de ter mais turistas dos Estados Unidos vindo para o País e que dos cinco milhões de norte-americanos que viajam anualmente para a América do Sul, somente setecentos mil vêm para cá. ?Poderíamos ter 1,5 milhão de americanos entrando no Brasil, o que representaria US$ 1 bilhão a mais na conta do turismo?, calcula.

Quanto ao Líbano, o ministro diz que o Brasil só exige o que é exigido do brasileiro lá e, em relação ao Japão, diz não entender por que tanta exigência, já que há 283 mil brasileiros morando no país. ?Nós temos que ajustar o conceito da reciprocidade ao mundo dos negócios, examinando caso a caso para ver qual é a medida a tomar?, afirma.

Crise na aviação

Para Mares Guia, os números dos desembarques domésticos mostram que não há mais crise na aviação brasileira. ?(Esses números) consolidam a idéia de que não há crise na aviação brasileira e que a Varig só não está tendo condições de pagar seu débito em função da estrutura de capital, mas mesmo assim apresenta bons resultados?, analisa. Ressaltou ainda que o governo federal não pode ajudar neste caso, embora reconheça que a carga tributária é um dos problemas, e que a Varig precisa buscar soluções no mercado.

Sete regiões formam o Paraná Turístico

A Região Oeste esbanja locais
para os esportes de aventura.

Com o Salão de Turismo, o Paraná também dá início a uma nova etapa de apresentação e comercialização de seus produtos turísticos. Sete são as regiões que passam a ser divulgadas nas feiras nacionais e internacionais com produtos formatados e prontos para serem vendidos.

Dentre os produtos, estão alguns destinos de grande potencial como Prudentópolis e suas cachoeiras gigantes, que não eram devidamente divulgadas, causando surpresa até mesmo ao presidente Lula, em sua visita ao estande do Estado. ?Onde fica esta cachoeira??, indagou ele, apontando para uma foto.

Litoral, Curitiba e Região Metropolitana, Campos Gerais, Oeste e Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu, Norte, Noroeste e Centro-Sul formam o Paraná Turístico, com suas belezas naturais e arquitetônicas, suas etnias e sotaques, sua culinária e artesanato. Cada uma dessas regiões tem roteiros variados, que agradam aos turistas das mais diferentes idades e estilos, onde há muito o que ser ver, degustar, sentir.

Litoral

Berço da colonização do Estado, o litoral compreende a Serra do Mar (Estrada da Graciosa, caminhos coloniais, Conjunto Marumbi); Ilha do Mel (Paranaguá); cidades históricas (Paranaguá, Antonina, Guaraqueçaba, Morretes); Parque Nacional do Superagüi (Guaraqueçaba); Porto Dom Pedro II (Paranaguá); baías de Laranjeiras, Antonina, Paranaguá e Guaratuba; balneários (Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná) e Reserva Natural Salto Morato (Guaraqueçaba).

Norte

Tem forte marca de culturas diversas, principalmente a japonesa. Lá, o turismo tem várias vertentes – religioso, técnico-científico, lazer, saúde, aventura, rural, negócios, eventos, náutico – e os produtos são Londrina, Cachoeiras de Faxinal, Circuito da Fé (Apucarana e Lunardelli), Roteiro da Ciência e Tecnologia (Londrina, Rolândia e Mauá da Serra), Termas Aguativa (Cornélio Procópio), represas de chavantes e de Capivara e roteiros de Turismo Rural.

Centro-Sul

No Centro-Sul, a aventura, o ecoturismo, os eventos, o turismo rural e histórico-cultural são os que têm mais relevância. Os destaques são a Rota das Cachoeiras de União da Vitória; Prudentópolis, Estância Dorizzon (Mallet) e Fernandes Pinheiro (pousadas rurais).

Campos Gerais

Passagem de inúmeros rebanhos de gado no século 18, os Campos Gerais hoje se destacam pelas belezas naturais e história. Lá a Rota dos Tropeiros é o principal produto, que se divide em História e Cultura, Fé e Misticismo, Saúde e Bem-Estar e Natureza e Aventura. A região oferece ainda o Circuito das Cooperativas de Colonização Européia (holandesa, alemã e ucraniana).

Oeste

Além de Foz do Iguaçu e suas cataratas, a região Oeste tem como produtos turísticos os Caminhos do Turismo Integrado ao Lago de Itaipu, onde se pode fazer ecoturismo e outras atividades como as rurais, de aventura e pesca. O turismo técnico-científico na Rota do Agronegócio destaca Cascavel e Toledo.

Curitiba e região

A capital do Estado e sua Região Metropolitana oferecem um leque variado de opções de atividades turísticas: rural, histórico-cultural, negócios e eventos, compras, técnico-científico, lazer, gastronomia, ecoturismo, aventura e saúde. Além de Curitiba, a região tem produtos consolidados como: Circuito Italiano de Turismo Rural (Colombo e Bocaiúva do Sul), Caminhos do Vinho (São José dos Pinhais), Capital da Louça (Campo Largo), Caminhos de Balsa Nova, Cidade Histórica da Lapa, Circuito Verde que te quero verde (Campo Magro) e Caminhos do Guajuvira (Araucária).

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