Prédio do antigo Collegio Seraphico,
onde estão hoje a Prefeitura
e o Parque Ecoturístico.

Com seu centro urbano com muitas edificações antigas, com suas histórias de colonização alemã, com paisagens rurais muito bonitas, Rio Negro, município localizado a 92 quilômetros ao Sul de Curitiba, quer estimular o turismo, com iniciativas próprias ou com o apoio de órgãos do governo do Estado, do Sebrae-PR e de empresas da região.

Uma das primeiras iniciativas foi a desapropriação da área onde está localizado o Parque Ecoturístico, com a imponente edificação do antigo Collegio Seraphico, em estilo da arquitetura alemã, inaugurado em 1923 e dirigido pelos padres franciscanos. A sede da Prefeitura foi transferida para o local e obras de restauração, como a da capela cônego José Ernser, foram sendo realizadas. As da capela tiveram o apoio financeiro da Cia. Souza Cruz (que tem uma unidade industrial no município, sendo a maior indústria local e a maior geradora de empregos e divisas). A missa de reinauguração foi celebrada pelo ex-aluno do Seraphico, o cardeal arcebispo emérito de São Paulo Dom Evaristo Arns.

Depois foi restaurada também a antiga casa de hóspedes dos franciscanos, a Casa Branca, que passou a abrigar o centro ambiental Casa Branca, voltado a estudos e pesquisas da fauna e flora locais. Oferece ainda informações e atividades na área ambiental para a comunidade com recursos naturais do parque. Hoje, como se disse, transformado em Parque Ecoturístico, tem uma rede de trilhas com cerca de 4.800 metros, uma parte tendo sido utilizada pelos antigos franciscanos. Está no Seminário também o mais numeroso presépio em palha de milho do mundo, com cerca de 1.700 personagens e mais as peças que compõem o cenário, criado com palha de milho, isopor, madeira e tecido. A obra é do artista de nacionalidade alemã Meinrad Horn. Em novembro, será inaugurado o Museu Histórico, estando prevista para o dia 10 de dezembro a inauguração do maior atrativo cultural, a restauração do antigo cinema do Seminário, Projeto Velho Cinema Novo, do Governo do Estado. Absorvendo recursos de cerca de R$ 1,8 milhão, terá capacidade para 240 lugares. Milton Wittig Bueno afirma que “vai ser uma obra de grande expressão cultural para toda a região”. O cinema será administrado pela Sociedade Cultural, Histórica e Científica de Rio Negro, sem fins lucrativos.

Informações e inscrições pelo telefone: (41) 222-0078.

Região é cheia de atrativos

Victor Grein Neto

O secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Milton Wittig Bueno, diz que a região tem muitas atrações, dentre elas o hotel fazenda Estância das Araucárias, em Campo do Tenente; a Fazenda Elisa Pousada, em Mafra (SC); a Estância Olsen, em Rio Negro; o Capril, em Rio Negro, com criação de cabras da raça Boer. A Fazenda Elisa tem piscinas, parque infantil, trilhas, três açudes, carroças, cavalos. Todas essas atrações farão parte do roteiro “Estrada da Mata”, antiga estrada que deu origem à cidade e que serviu à passagem dos tropeiros.

Está sendo implantada também na região a Rota dos Tropeiros, com apoio do Governo do Paraná, Associação dos Municípios da Região dos Campos Gerais e do Sebrae PR. Vai englobar dezesseis municípios do Paraná (e Mafra, em Santa Catarina), entre Rio Negro e Sengés, com portal de entrada em Rio Negro. A empresa Consultur, de Curitiba, tem até abril para a implantação definitiva. Haverá rotas para automóveis e para passeios de bicicleta, a cavalo ou a pé – nos moldes da Compostela, na Espanha. Os municípios paranaenses participantes, além de Rio Negro, são Campo do Tenente, Lapa, Campo Largo, Balsa Nova, Porto Amazonas, Palmeira, Telêmaco Borba, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Piraí do Sul, Tibagi, Jaguariaíva, Sengés e Arapoti. Destaque-se que o tropeirismo foi importante à região e ao Paraná, com os primeiros registros, no Estado, datando de 1534. As primeiras povoações no 2º planalto paranaense, Rio Negro, Vila dos Príncipes (Lapa), Rincão dos Buracos (Palmeira), Fazenda Santa Cruz (Ponta Grossa), Sant´Ana do Iapó (Castro), Bairro da Lança (Piraí do Sul), Fazenda Jaguariaíva (Jaguariaíva), Fazenda Tucunduva (Sengés), surgem em 1731.

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