País de eterno verão, com natureza preservada, matas naturais, praias belíssimas e muita história, a República Dominicana tem no turismo sua verdadeira vocação. Destino favorito de europeus e norte-americanos, ela agora quer ser conhecida pelos brasileiros. Para isso, ano passado, até inaugurou um escritório de promoção turística em São Paulo.
Como andorinhas, que voam em busca do verão, milhares de canadenses, ávidos pelo sol que brilha sem cessar na República Dominicana, lotam as praias de Punta Cana, Bayahibe, Ilha Saona ou Boca Chica. Além desses, também norte-americanos, europeus, especialmente italianos, franceses e alemães, elegeram esta como sua ilha favorita do Caribe.
E eles têm razão de sobra preferência. Além das temperaturas médias em torno de 28 graus durante todo o ano, as praias dominicanas exibem areias impecavelmente brancas, águas que vão do azul-turquesa ao verde-esmeralda, absolutamente transparentes, cenário ideal para descontraídos topless.
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Centro histórico de Santo Domingo mantém atmosfera colonial. |
A ilha, que ao norte é banhada pelo Oceano Atlântico e ao sul pelo Mar do Caribe, tem mais de 1,5 mil quilômetros de praias, rios, cascatas, montanhas e florestas tropicais. Punta Cana, no extremo leste da ilha, é onde há a maior concentração de turistas e é fácil imaginar porquê. Esse paraíso caribenho tem 32 quilômetros de praias de areia branquíssima onde resorts internacionais se sucedem em perfeita harmonia com a natureza. Escondidos pela vegetação e distantes uns dos outros, a impressão que se tem é a de que cada um é único na paisagem.
Hotéis como o Iberostar, por exemplo, compõem um complexo de três unidades em Punta Cana, sendo um deles o Iberostar Bávaro, ultra exclusivo, com serviço diferenciado. Esses hotéis, integrados entre si, oferecem amplas possibilidades gastronômicas e de esportes durante o dia. Além dos esportes de praia, é possível ter uma sessão de massagem em um quiosque à beira-mar ou praticar mergulho. Na área das piscinas, bares de apoio e, à noite, muita salsa e merengue, shows de humor, apresentações de artistas e cassinos, para quem quiser. Funcionando no sistema all inclusive, esses hotéis mimam seus hóspedes 24 horas por dia, para que nada preocupe o turista. Refeições, bebidas (inclusive alcoólicas, quando nacionais), shows, entretenimento, tudo incluído para que as férias sejam de total descontração.
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Punta Cana tem 32 quilômetros de praias de areias brancas e águas mornas e transparentes. |
Uma surpresa para o turista é a culinária dominicana com forte influência africana, muito feijão e arroz, frango, carne de porco, ricamente condimentados com especiarias e os peixes e frutas tropicais. E, entre todas as frutas, destaque especial para a banana, ingrediente mais popular na culinária dominicana. Lá chama-se plátano o equivalente à nossa banana-da-terra e compõe inúmeras receitas, como acompanhamento de pratos salgados ou como sobremesas.
História
Além do extenso legado natural, existe ainda o legado histórico que se preserva na ilha. A capital da República Dominicana, Santo Domingo, é considerada a cidade mais antiga do Novo Mundo, fundada em 1496. Apesar de ser uma cidade moderna, com todas as características cosmopolitas, Santo Domingo preserva, em sua parte mais antiga, mais de trezentos monumentos coloniais, uma área declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1990. Para conhecer essa face da ilha, vale um passeio à Cidade Colonial de Santo Domingo, que é o centro histórico da cidade, onde ela foi fundada e prosperou nos séculos 16 e 17.
Entre os muitos atrativos está a Casa de Colombo, onde morou Diego Colombo, filho do descobridor da América e que foi governador da ilha. Totalmente restaurada, hoje é um museu que abriga móveis da época da colonização.
Aumenta número de turistas na ilha
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A casa de Diego Colombo hoje é um museu: programa imperdível. |
A República Dominicana recebeu, em 2005, cerca de 3,8 milhões de turistas estrangeiros. Este número vem aumentando ano a ano – em 2004, a ilha registrou 3,3 milhões de turistas. Segundo dados da Secretaria de Turismo, os Estados Unidos e Canadá são responsáveis por 49% da demanda e a Europa por 43,4%, enquanto a América do Sul responde por 3,6% e, desses, pouco mais de cinco mil, procedentes do Brasil, ficando os restantes 3,7% para a América Central e Caribe. Esse número é ainda mais significativo quando se sabe que a população do país é menor do que nove milhões de habitantes. Para atender à demanda turística, o país já dispõe de 61 mil apartamentos de hotelaria com mais 5.500 em construção.
Em Bayahibe, diversão e delícias à mesa
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Bayahibe, outro pólo de turismo da região, é a porta de entrada de recantos turísticos naturais. |
A meio caminho entre Punta Cana e Santo Domingo, a capital do país, fica Bayahibe, outro pólo de turismo que tem como vantagem extra estar junto ao Parque Nacional del Este, região tombada e de natureza intocável. Partindo dos vários hotéis da região, os turistas percorrem, em catamarãs, o litoral da Ilha Saona, paraíso tropical, com praias virgens orladas de coqueiros. No caminho, paradas para nadar nas piscinas naturais, de águas mornas, rasas e transparentes, onde todo mundo vira criança ao observar imensas estrelas-do-mar.
Esses passeios começam geralmente pela manhã e têm parada para almoço em uma das praias da Ilha Saona. Dependendo do hotel, a praia escolhida pode variar como também o tipo de almoço solicitado, que pode incluir ainda lagostas pescadas na própria região, onde são abundantes. Custo desse passeio, em catamarã, com serviço de bordo (bebidas e snacks), música ao vivo e almoço incluído, a partir de US$ 73, com a Club Caribe, operadora local. Mas todos os passeios podem ser solicitados aos operadores de viagem (veja no box), como parte da programação de viagem.
Alegre mistura
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Passeio de catamarã leva o turista à Ilha Saona, com suas praias virgens orladas por coqueiros. |
"Nunca olhos humanos viram paisagem tão bela", teria dito Cristóvão Colombo ao aportar na República Dominicana, sua primeira escala no descobrimento da América. Verdade ou lenda, pouco importa porque a beleza avistada pelo descobridor permanece ali, para quem quiser conferir.
O que Colombo nunca soube foi que aquela ilha, batizada de Hispaniola, onde ele encontrou cerca de trezentos mil indígenas organizados em cinco tribos principais, seria depois dividida, como conseqüência de guerras, em duas partes, um terço dela ficando para a França e tornando-se o Haiti. Diferentemente do que acontecia no lado francês da ilha, os espanhóis vieram conquistar, levaram cacau e fumo e trouxeram escravos para a lavoura. Da mistura desses povos mais tantos outros que passaram por ali, em todos os tempos, surgiu um povo moreno, de traços delicados, um povo não apenas bonito mas alegre e extremamente musical. E, como nós brasileiros, com um forte sincretismo religioso, produto da mistura do catolicismo com a Santería, como nosso candomblé, herdada dos negros.
