Os turistas que pretendem passar o feriado prolongado de Corpus Christi, entre 26 e 29 de maio, longe de casa e perto de muita natureza, uma das opções de passeio é o interior paulista. Ao todo, a região tem 52 estâncias com opções de diversão e descanso para todos os gostos e bolsos. Em família, grupos, sozinhos ou acompanhados, os turistas podem optar pelas estâncias turísticas, climáticas (na Serra da Mantiqueira) ou hidrominerais. Grande parte delas está localizada a menos de duzentos quilômetros da capital paulista. Todas são representadas pela Aprecesp (Associação das Prefeituras de Cidades Estância do Estado de São Paulo), que tem como uma de suas principais bandeiras desenvolver o turismo e a economia desses municípios.
A estância hidromineral de Águas de São Pedro (180 quilômetros de São Paulo), por exemplo, a mais conhecida delas, atrai muitos turistas da melhor idade, que costumam passar os finais de semana na cidade atraídos pelo poder das águas. A altitude de 470 metros acima do nível do mar proporciona uma agradável temperatura média anual de 27 graus.
Cachoeira Lafaiete compõe o cenário para esportes radicais. |
De acordo com a prefeitura, em feriados, a cidade recebe em média cerca de vinte mil visitantes. Em contrapartida, sua população é a menor do estado: 1.845 habitantes, sendo 1.005 mulheres, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000.
O pequeno município se orgulha de ser o primeiro das Américas e o segundo do mundo em teor de sais de enxofre, segundo levantamento feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). É a primeira estância em qualidade e condição de vida no Brasil, segundo o IBGE e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Sem indústrias, sua economia é voltada exclusivamente ao turismo.
Além do Circuito das Águas, formado pelos municípios de Amparo, Serra Negra, Socorro, Lindóia e Águas de Lindóia, situadas na Serra da Mantiqueira, integram também a categoria de estância hidromineral as cidades de Águas da Prata, Águas de Santa Bárbara, Ibirá, Monte Alegre do Sul e Poá.
Os mais aventureiros se divertem com o já popular rafting. |
No caso do Circuito das Águas, a região está localizada na Serra da Mantiqueira, entre vales cobertos por muito verde. Há uma avançada infra-estrutura hoteleira e de serviços que operam nos mesmos moldes dos mais modernos centros europeus. A qualidade de suas águas é conhecida internacionalmente pelo poder de cura. As cachoeiras, fontes de água potável e clima entre os melhores do mundo compõem o cenário. Como não poderia deixar de ser, a região também é visitada pelos amantes dos esportes radicais e do ecoturismo.
A estância climática de Campos do Jordão (Serra da Mantiqueira – Vale do Paraíba) já está se preparando para a temporada de inverno. O bairro Capivari é onde se concentra a maior parte de turistas, devido à badalação dos barzinhos e restaurantes.
Aventura tem lugar em Caconde
A tranqüilidade proporcionada pelos atrativos naturais e os esportes radicais praticados nas corredeiras e cachoeiras se contrastam na também estância climática de Caconde, na divisa com o Estado de Minas Gerais. A simpática cidade está situada numa altitude média de 860 metros, mas seus principais pontos turísticos estão localizados em altitude superior, a novecentos metros.
Um dos locais mais visitados é o mirante, a 1.189 metros de altitude. Um pouco mais acima, a 1.192 metros, está uma pedra suspensa. Na intermediária, está a imagem do Cristo Redentor, a 950 metros.
Com tantas belezas naturais, corredeiras, cachoeiras e represa, a cidade se revelou um oásis para os amantes de esportes radicais. O turismo de aventura em Caconde oferece rafting, cascading (rapel feito na Cachoeira do Cubatão), bóia-cross, canyoning no Córrego da Fortaleza, canoa canadense, banana boat e até cavalgada.
O rafting é praticado no último trecho de cachoeira do alto Rio Pardo, em percurso de aproximadamente sete quilômetros, com níveis de corredeiras que vão do dois ao quatro. O percurso pode ser feito em cerca de duas horas e meia. Nesse mesmo trecho é praticado ainda o bóia-cross.
O leito seco do rio é usado para um belíssimo passeio na Trilha do Fuga, que começa no Fuga e termina nas ruínas da Usina Velha, que operava antes da construção da Represa Caconde. A trilha, de quatro quilômetros de extensão, é feita o tempo todo às margens de lagos e cachoeiras formadas por onde passava originalmente o Rio Pardo.
Os amantes da natureza se apaixonam pelo que encontram no caminho. É possível também aliar a tranqüilidade do local com mais uma modalidade radical, a tirolesa, que termina num refrescante mergulho na cachoeira.
Em Santa Fé e Barra Bonita, lazer pelas águas
Embarcação leva os turistas ao passeio pela Hidrovia Tietê-Paraná. |
A estância turística de Santa Fé do Sul é um convite ao repouso. A cidade oferece uma pequena área territorial cercada de belezas naturais. Seus habitantes se orgulham ao dizer que ela é literalmente uma cidade turística ?por natureza?. É comum ouvir seus moradores fazerem um trocadilho do nome da cidade com ?Santa Fé do Sol?. Banhada pelo Rio Paraná, é perfeita para o turismo e lazer. As águas puras e cristalinas também convidam à prática da pesca na terra do tucunaré.
A estância está localizada na chamada Região dos Grandes Lagos, que é formada pelas usinas de Ilha Solteira, Jupiá e Água Vermelha, e constituída pelos rios Paraná, Paranaíba, Grande, São José e Tietê. Nesta região, alguns turistas costumam trafegar de jet ski e barcos.
A Ponte Rodoferrovia, idealizada pelo escritor e poeta Euclides da Cunha, e a Hidrovia Tietê-Paraná fazem de Santa Fé do Sul um importante pólo logístico para o turismo. A mesma hidrovia é a principal atração de Barra Bonita, outra estância turística, devido à existência de uma eclusa, a primeira a ser explorada turisticamente na América do Sul, com 142 quilômetros de extensão, por doze metros de largura e 25 metros de desnível máximo. O tempo de eclusagem tanto para subir como para descer é de doze minutos. Um passeio pelo local permite conhecer toda a margem do rio em modernas e confortáveis embarcações, que têm capacidade entre sessenta a setecentos passageiros. Existe opção de almoço a bordo nos passeios com duração de três horas.