Projeto volta a colocar turista na frente de onça

Quando se fala em turismo no Pantanal, as primeiras imagens que vêm à cabeça são de uma floresta extensa, rios no meio da mata e para muitas pessoas um lugar cheio de bichos, mas o Mato Grosso do Sul tem muito mais do que isso. Quem escolhe o Pantanal como destino, tem uma infinidade de atividades pela frente e uma das mais procuradas é conhecer o Refúgio Ecológico Caiman, que oferece os safáris para avistamento da onça pintada. A programação começou em junho e vai até setembro, com novas emoções e maior número de felinos que vêm sendo observados e preservados pelo Projeto Onçafari.

Embora possua a maior biodiversidade encontrada no planeta, o Brasil ainda está engatinhando na área de ecoturismo. A falta de estrutura e de projetos realmente sustentáveis levam os brasileiros a desistirem de conhecer o ecossistema do país e aventurarem-se em outras regiões “selvagens”, como o Polo Norte e a África. Além de apresentarem instalações luxuosas e confortáveis, estes destinos triunfaram na habituação de animais selvagens, fazendo com que os mesmos já estejam acostumados com a presença de automóveis e humanos, facilitando o contato – mesmo que de uma distância segura – com estas belas e livres criaturas.

É com este espírito que os safáris promovidos pelo Projeto Onçafari, com sede no Refúgio Ecológico Caiman (REC), no Pantanal, voltam a ser promovidos este ano, e devido à enorme procura e sucesso da iniciativa, do ano passado, serão realizados de 16 de junho a 8 setembro, nas duas pousadas – Baiazinha e Cordilheira – com uma saída por pacote. A atividade prevê uma palestra sobre os trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores, seguida de uma saída a campo com a equipe do projeto para que conheçam mais sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na Caiman, e na sorte, consigam avistar a onça pintada

Projeto

Muito mais complexo e abrangente que um simples safári no Pantanal, o Projeto Onçafari habitua felinos à presença de veículos que circulam durante os safáris promovidos no local. É também atribuição do projeto, aumentar e preservar a fauna e a população de felinos na região, o que tem dado excelentes resultados graças a um trabalho árduo de pesquisas e análises da equipe do Onçafari. Este projeto abriu, portanto, caminho para o desenvolvimento de uma nova técnica de conservação de animais no Brasil, através do turismo de observação e do ecoturismo. Adaptando técnicas bem sucedidas em habituar animais selvagens na África do Sul, para serem observados em seu ambiente natural, o Projeto Onçafari replica esta experiência com a onça pintada, maior felino das Américas. Atualmente, a população de onças pintadas na área delimitada pelo projeto cresceu consideravelmente, são mais de 50, e circulam por lá, carinhosamente batizados de Yara, Esperança, Natureza, Chuva, Garoa, Fantasma e Brazuca, apenas citando alguns dos felinos que estão sendo habituados e observados pela equipe do projeto.

Segundo o empresário Roberto Klabin, proprietário do REC, o objetivo do projeto é, além de preservar a espécie, aumentar significativamente o número de avistamentos de onças pintadas na região, para que mais pessoas possam ver este belíssimo felino, assim como é possível ver leões e leopardos na África. “E isso vem sendo possível graças a boas parcerias como a que o Projeto Onçafari firmou com a Tracking Academy da África do Sul, resultando em uma troca de experiências muito valiosa entre guias brasileiros e especialistas em rastreamento africanos”, disse o empresário.

É importante frisar que este processo não envolve métodos de domesticação ou qualquer atitude que desequilibre o habitat onde vivem estes animais, que continuarão permanecendo 100% selvagens,, mas sim, acostumá-los à presença de veículos que carregam turistas. Com o passar do tempo e utilizando certas técnicas, eles param de enxergar os veículos como ameaça – como se fizessem parte do cenário pantaneiro – ficam tranquilos e não fogem.

O cenário do Pantanal é formado por onças pintadas, mas além disso, jacarés, capivaras, ariranhas, macacos-prego, veados-campeiros, lobos-guará, cervos do pantanal, tatus, bichos-preguiça, tamanduás, lagartos, cágados, jabutis e cobras como a jiboia e a sucuri e uma infinidade de outros bichos. Coloridos e falantes, os pássaros acabam realizando um espetáculo à parte, como tucanos, garças, papagaios, araras, emas, tuiuiús e gaviões. Para aqueles que não perdem uma boa oportunidade de pescar, o Pantanal oferece ainda mais diversidade, com peixes típicos como dourado, pintado, curimbatá, pacu e piranha, entre outros.

Pacotes

Os passeio vão acontecer entre os dias 16 de junho a 8 de setembro. Na Pousada Baiazinha, a tarifa diária de R$ 1.929,00 por noite para uma ou duas pessoas. O local é em forma de pássaro e localizado às margens de uma baía de águas claras, a pousada conta com seis apartamentos standard superior, charmosamente decorados ao estilo das fazendas tradicionais e muito confortáveis, onde os hóspedes são acolhidos com mimos como lençóis de puro algodão, travesseiro de plumas e duchas aquecidas.

Já na Pousada Cordilheira, no mesmo período, a tarifa diária, por noite é de R$ 2.309,00 para ocupação single ou duplo, em confortáveis suítes. O hóspede tem a seu dispor toda a bela e elegante estrutura dessa charmosa e confortável pousada, harmoniosamente integrada à natureza pantaneira.

Em ambos programas os preços incluem café da manhã, almoço e jantar, lanches durante os passeios, bebidas não alcoólicas e atividades regulares para contemplação de fauna e flora, sempre acompanhadas pelos Caimaners (guias graduados e bilíngues em português/inglês) e pelos guias de campo, moradores da região que conhecem profundamente o Pantanal. Só não estão inclusos traslados e a taxa ambiental de R$ 100,00 por pessoa, durante o período da estadia.

Mais informações e reservas no site www.caiman.com.br ou diretamente no telefone (11) 3706-1800, ou ainda pelo e-mail caiman@caiman.com.br

Divulgação
Projeto no Pantanal volta a colocar o turista frente a frente com o maior felino das Américas de forma segura e sem interferência no habitat natural.
Voltar ao topo