A Belta – Associação Brasileira de Operadores e Representantes de Programas Educacionais e Cursos no Exterior – prevê para este ano um aumento de 10% no setor em relação ao ano passado. “Além da demanda reprimida, referente aos alunos que deixaram de viajar no ano passado, a estabilidade de nossa moeda e as boas ofertas que o mercado internacional colocou à nossa disposição fazem antever esse crescimento”, explica o presidente da Belta, Alfredo Spínola.
Em 2001, a desvalorização do real frente ao dólar e os acontecimentos de 11 de setembro reduziram para 65 mil o número de brasileiros enviados pelas associadas Belta para estudar no exterior. Em 2000, foram 70 mil, praticamente o mesmo de 1999, quando se registrou uma queda de 12% em relação a 1988, devido à desvalorização cambial.
Os países preferidos pelos jovens brasileiros que pretendem fazer uma viagem de estudos são os de língua inglesa. Após o 11 de setembro, ganharam destaque Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e Irlanda. Os Estados Unidos sofreram uma retração de cerca de 50%. Os cursos mais procurados são o de idioma, com o inglês disparado na frente, seguido pelo espanhol, francês, italiano e o alemão. Depois vem o high school (colegial), cursos técnicos como os de marketing, design, hotelaria, e os de especialização e pós-graduação.
O gasto médio para realizar um curso no exterior varia conforme o programa, o destino e a escola escolhida. “Um curso de idioma com hospedagem e meia pensão custa em torno de US$ 1,5 mil por mês”, informa o presidente da Belta. “No entanto, há boas ofertas desde US$ 1 mil.”