Passaporte abre as portas para o mundo

A primeira viagem para fora do Brasil tem tudo para ser uma experiência incrível, só que o candidato a cidadão do mundo precisa percorrer um longo caminho antes de chegar ao tão sonhado portão de embarque. Identidade, passaporte e, em vários casos, visto. O grau de exigência e a burocracia variam de acordo com o destino escolhido. Por isso mesmo, antes de pagar a passagem e o hotel, é necessário saber o que o país exige para liberar a entrada de turistas em seu território. Numa dessas, você pode acabar achando que vale mais a pena visitar outro lugar, que dificulte menos a vida do viajante.

O passo inicial dessa jornada é tirar um passaporte, documento de identidade internacional que serve como cartão de visitas para os que se aventuram além das fronteiras do País. Emitida pela Polícia Federal, a caderneta vem com várias páginas em branco, nas quais os oficiais de imigração carimbam a entrada e saída do turista em terras estrangeiras. Além da função burocrática e de controle, os registros servem como alegres lembranças de suas andanças pelo mundo. Um passaporte todo carimbado pode deixar muita gente com inveja. Para obtê-lo, é preciso entregar fotos datadas, além de apresentar uma série de documentos originais. Leva pelo menos dois dias úteis para ficar pronto.

Mundo de portas abertas

Mas ninguém deve desistir tão fácil, porque tirar o passaporte é uma ótima pedida. Mesmo em épocas de terrorismo e segurança redobrada nos aeroportos, a cadernetinha abre as portas para dezenas de destinos fascinantes – dos tradicionais roteiros na Europa às areias brancas do Caribe, passando por países asiáticos, como Índia e Tailândia.

O passaporte é o único documento exigido, por exemplo, para entrar em 20 dos 25 países membros da União Européia – inclusive França, Espanha, Itália, Reino Unido e Alemanha. No continente, só Malta, Chipre, Estônia, Letônia e Lituânia exigem visto dos brasileiros.

Atrás de praias paradisíacas? Destinos caribenhos como Aruba, Bahamas e Barbados também estão ao alcance dos portadores do passaporte brasileiro. Com o documento, é possível fazer um safári na África do Sul ou arriscar-se em esportes radicais na Nova Zelândia. Para um gostinho do Oriente, que tal tomar o rumo da Coréia do Sul, outro que não exige visto?

Se a escolha for viajar pelo mar, uma curiosidade: alguns países que pedem visto a turistas brasileiros, como o México, fazem uma exceção no caso de passageiros de navios de cruzeiro. Fica tudo liberado.

Mais burocracia

A Austrália é um dos países que requerem dos brasileiros certificado de vacina contra febre amarela.

Já uma viagem para países que pedem visto para turistas precisa ser planejada com mais antecedência. Para os Estados Unidos, por exemplo, é recomendável dar entrada no processo de visto mais de dois meses antes do embarque. Além de juntar tudo que possa comprovar vínculo com o Brasil – como holerites, certidão de casamento e até escrituras de imóveis -, é preciso agendar uma entrevista e comparecer ao consulado.

Outros vistos são menos demorados: o cubano, por exemplo, sai na hora. Há, ainda, os que, na contramão dos Estados Unidos, preferem que os turistas nem ponham os pés no consulado.

Vacinas

Turistas costumam ser recebidos com braços abertos, mas doenças nunca são bem-vindas. O medo da propagação de epidemias faz muitos países exigirem certificados de vacinação. O regulamento sanitário mundial requer dos brasileiros certificado internacional de vacina contra febre amarela para liberar a entrada em mais de cem países – inclusive Austrália, Bolívia, Colômbia, Grécia, Paraguai, Peru e Portugal.

A vacina contra a doença é gratuita e deve ser tomada no mínimo dez dias antes da viagem. Ela é oferecida nos postos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), localizados no Aeroporto de Congonhas e no Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos.

E, assim como nenhum país quer saber de viajantes doentes, ninguém quer voltar com um vírus ou uma bactéria na bagagem. Por isso, é recomendável também verificar se há surtos de doenças contagiosas no país que você estiver pensando em visitar. ?No momento, o que mais preocupa o Brasil é a questão do sarampo em vários países da Europa?, afirma Dirciara Cramer, gerente de Orientação e Controle Sanitário de Viajantes da Anvisa. ?Recomendamos que os viajantes se vacinem contra a doença antes de embarcar.?

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