Os mergulhos com snorkel permitem
observar a vida marinha: uma
sensação de paz e deslumbramento.

Poder curtir o clima de verão o ano inteiro é uma das grandes vantagens de se viajar para o Nordeste. Mas esta não é a única. A infinita combinação de paisagens paradisíacas do litoral nordestino deixam qualquer turista boquiaberto. Em Alagoas, por exemplo, a cor de seus mares, uma mescla de verde e azul, dá ao Estado o título de Caribe brasileiro.

Quando se olha o mar alagoano e sua infinidade de piscinas naturais, a impressão que se tem é a de estar vendo uma fotografia retocada por um programa de computador, desses usados para tratamento de imagem.

Além da irretocável natureza local, Alagoas, apesar de ser o segundo menor Estado brasileiro, perdendo somente para o Sergipe, tem uma grande quantidade de “pequenos paraísos”, muitos dos quais desconhecidos pela grande maioria dos turistas.

Um deles fica no município de Paripueira, distante apenas trinta quilômetros de Maceió. Dizem que lá está a maior concentração de piscinas naturais do mundo próximas à praia. Elas estão a menos de dois quilômetros da costa e suas águas estão entre as mais quentes do litoral nordestino – entre 28 e 32 graus. Dois belos motivos para conhecer Paripueira.

Este atrativo turístico é, na verdade, uma Área de Preservação Ambiental (APA), chamada de Costa dos Corais, reserva federal criada em 1977, escolhida para a reintrodução do peixe-boi marinho ao seu habitat natural, hoje Parque Marinho de Paripueira.

Como infra-estrutura turística, funciona no local o Complexo Náutico Mar e Cia., de propriedade de Vanderlei Luiz Turatti, um gaúcho que, encantado pela natureza do lugar, resolveu investir no turismo. O complexo inclui um restaurante, onde são feitas apresentações de danças folclóricas e outros shows enquanto o visitante degusta uma culinária diversa, que vai desde frutos do mar até pratos de carnes, massas e aves.

Mas o que mais atrai e encanta os visitantes de Paripueira são mesmo os passeios de catamarã. O ponto de partida é o restaurante, onde os turistas se concentram à espera da baixa da maré. Aliás, este é um detalhe que deve ser levado em conta pois os melhores períodos para visitar o local são nas luas cheia e nova. Quando a maré está alta demais, o passeio só é permitido até os bancos de areia onde a equipe de recreação comanda uma aeróbica no mar. O movimento das marés é conhecido pelos organizadores dos passeios que recebem uma tabela detalhada da Capitania dos Portos de Alagoas.

Interação

Em apenas quinze minutos se chega às piscinas, onde a palavra de ordem é curtir a natureza. Snorkels e pés-de-pato são postos à disposição do turista que quiser mergulhar para ver de perto a biologia marinha e os cardumes de peixes muito coloridos que nadam junto aos visitantes. A interação com a natureza encanta adultos e crianças. Uma das diversões é alimentar os peixes, que quase emergem para buscar o pedaço de pão que o turista segura.

Biólogos que acompanham o passeio recolhem alguns exemplares de ouriços, algas, estrelas-do-mar e pequenos siris e ensinam um pouco sobre cada espécie. É uma aula de biologia in loco, ao vivo e em cores – e que cores! “Cuidado ao tocar neste coral que ele é bastante sensível”, explica o biólogo Carlos Eduardo Godoy, exibindo um dos exemplares e lembrando aos turistas que a preservação ambiental deve estar sempre em primeiro lugar.

Os profissionais orientam também onde estão os melhores locais para observação do mundo marinho. Depois de algum tempo, a equipe de recreação começa a hidroaeróbica, ao som dos axés nordestinos.

Em média, a permanência nas piscinas dura duas horas, que passam rapidamente em uma manhã de sol. Ainda bem que a diversão continua no restaurante, onde são apresentadas danças e os turistas são convidados a participar de brincadeiras. Depois de degustar os pratos fartos e muito bem feitos do Mar e Companhia e de se divertir com a Dança da Boneca, apresentada por artistas locais, é hora de ir embora. Afinal, o sol, assim como nasce cedo em Alagoas – muitas vezes às 4h30 da manhã já é dia claro -também se põe mais cedo do que estamos acostumados -antes das 17h30. Na volta para o hotel, fica a lembrança de um dia marcado pela troca de energias e uma vontade ainda maior de preservar a natureza para continuar aproveitando o que ela nos oferece.

A jornalista viajou a convite da revista Turismo & Negócios e da TAM.

Confira os pacotes

Há pacotes de viagem variados para Maceió o ano inteiro.

Em abril, por exemplo, sete noites na cidade custa, por pessoa, R$ 1.373 no Ibis Pajuçara, hotel de categoria três estrelas; R$ 1.457 no San Marino, de categoria quatro estrelas e R$ 1.660 no Ritz Lagoa da Anta, o cinco estrelas mais novo de Maceió.

Neste preço estão incluídas passagens aéreas, voando TAM, a partir de Curitiba, sete noites de hospedagem em apartamento duplo com café da manhã, traslados e city tour. Não estão incluídas as taxas de embarque.

Mais informações: (41) 362-1882 ou consulte o seu agente de viagens.

Paripueira

Os passeios até Paripueira devem ser contratados em Maceió. Eles custam R$ 25 por pessoa, conforme o preço de tabela da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) e incluem os traslados e acompanhamento do guia.

Já a saída com os barcos até as piscinas naturais custam R$ 15 por pessoa e incluem o passeio e o acompanhamento e orientações dos biólogos.

Mais informações: (82) 218-2026.

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