Até 2011 os paranaenses terão à sua disposição uma infra-estrutura completa no Santuário Nossa Senhora do Rocio, localizado em Paranaguá. Trata-se de um projeto, já em andamento, que compreende uma área de 25 mil metros quadrados destinada a receber fiéis e visitantes de todo o Brasil. O Complexo do Santuário de Nossa Senhora do Rocio é um projeto de responsabilidade do engenheiro civil Sidart Gaia, curador da série de workshops da Espaços, empresa que viabiliza recursos por meio de parcerias com empresas, governos e instituições para obras beneficentes.
O projeto será apresentado pela primeira vez à sociedade na próxima segunda-feira, dia 31. ?É uma réplica do conceito do Santuário de Nossa Senhora de Aparecida e tem como objetivo dar conforto aos romeiros, revitalizar o Rocio e revigorar o turismo de Paranaguá e do litoral. Esta é uma obra de grande porte e deve estar completamente finalizada em cinco anos?, conta Gaia. Ele ressalta ainda que o complexo espera receber investimentos dos governos federal e estadual, de empresas privadas e instituições, para a continuidade da construção, que se tornará uma forte fonte de empregos.
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Perspectiva mostra como será o Complexo do Santuário de Nossa Senhora do Rocio. |
A primeira edificação será aberta ao público durante a Festa do Rocio realizada de 4 a 19 de novembro em Paranaguá. Os fiéis conhecerão um dos quatro prédios modulados de apoio ao romeiro, que foi custeado com recursos do Santuário do Rocio.
O secretário-executivo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB do Paraná), padre Carlos Alberto Chiquim, diz que Paranaguá receberá muitos benefícios com a revitalização. ?Além das riquezas históricas da cidade, que guarda raízes do Paraná, teremos uma obra que agregará muito para a população, principalmente a carente, que terá mais emprego e renda. Uma ação como esta, incentiva o crescimento do turismo religioso, revigora a fé, a economia e a infra-estrutura de Paranaguá, além de fortalecer a devoção à Nossa Senhora do Rocio?, afirma.
Etapas
O santuário será construído em oito etapas: casa de apoio ao romeiro, com quatro prédios modulados e infra-estrutura para salão multimídia, lojas de souvenirs e banheiros com ducha; Praça e gruta de Nossa Senhora do Rocio, onde os romeiros também podem fazer suas orações; galerias com shopping center de dois andares e espaço para 70 lojas; marinas do Rocio para promoção de regatas; píer gastronômico com oito restaurantes de comidas típicas da região; bosque ecológico e mirante com árvores nativas e estrutura para a família dos visitantes; praça de apoio e estacionamento com serviços de locação de automóveis e lavagem; e palco multiuso planejado para receber mais de 150 mil pessoas. Dentro da estrutura haverá também três hotéis de bandeiras nacionais e um bonde para fazer o percurso dentro do complexo levando as pessoas para visitarem o bosque.
Município conserva suas tradições
Situada no litoral paranaense, na Baía de Paranaguá, a 91 quilômetros da capital, Grande Mar Redondo (Paranaguá), na língua tupi-guarani, é o berço da civilização paranaense. Paranaguá conserva características da colonização portuguesa, notadamente nas tradições culturais, folclóricas e religiosas manifestadas principalmente por meio do fandango, quermesses paroquiais e procissões solenes.
Em 1935 Paranaguá ganhou o Porto Dom Pedro II, que mudou o perfil econômico da região, sendo considerado o segundo maior em volume de exportações e o primeiro da América Latina em movimentação de grãos. A economia do município está ligada ao funcionamento do Porto D. Pedro II, importante terminal corredor de exportação do estado, além da pesca, agricultura, comércio e turismo.
