Depois de decidir o destino, comprar as passagens e reservar os hotéis, a maior preocupação de todo turista é com a bagagem. O que deve e pode levar? Se ele não estiver preocupado com isso, é bom começar a pensar. O Departamento de Aviação Civil (DAC) diz que a soma das dimensões do comprimento, da largura e da altura das bagagens de mão não pode exceder 115 centímetros e cinco quilos. A bagagem a ser despachada também tem um limite, que varia de acordo com a companhia. “Existem dois conceitos para bagagem despachada. Algumas companhias aéreas usam o conceito do peso, outras, o de volume”, explica a consultora Yara Balestrero, da Traveland Viagens e Turismo.

As que utilizam o piece concept (volume) permitem levar dois volumes de 32 quilos com dimensão total de 158 centímetros, cada uma delas. Mas, os passageiros que forem viajar com as companhias que utilizam o weight concept (peso) poderão transportar 23 quilos, trinta quilos ou quarenta quilos, dependendo da classe (econômica, executiva, primeira classe). Quem deve verificar se as bagagens estão dentro das especificações é a companhia aérea, no momento do check in.

Caso a bagagem exceda os limites estipulados pela companhia, a cada quilo a mais o passageiro deverá pagar 0,5% do valor da tarifa cheia em classe econômica em vôos regulares e, em algumas rotas regionais, esse valor poderá chegar a até 2%. Algumas companhias também cobram para transportar certos objetos, como prancha de surfe, por exemplo.

Para reduzir o peso da bagagem a ser despachada, a consultora da Traveland lembra que, como bagagem de mão, os passageiros também podem levar um sobretudo, manta ou cobertor; um guarda-chuva ou bengala; uma máquina fotográfica pequena e/ou um binóculo; material de leitura para viagem em quantidade razoável; e alimentação infantil para consumo durante a viagem. Para os bebês de até dois anos, pode ser levada uma cesta ou equivalente, além da bagagem especificada acima. “Isso ajuda e muito a amenizar o peso da bagagem a ser despachada”, diz Yara.

Muletas e aparelhos ortopédicos também são liberados. No caso de cadeira de rodas, ela deve ser totalmente desmontável e, apesar de fazer parte da franquia de bagagem de mão, vai ser colocada no porão do avião.

Mas atenção: essas regras valem para vôos em aeronaves com mais de cinqüenta assentos. No caso de aeronaves menores, a empresa aérea deve ser consultada.

Também é preciso ficar atento aos pertences pessoais. “Nunca deixe dinheiro, jóias, papéis negociáveis, entre outros objetos de valor, na bagagem a ser despachada, pois as empresas não se responsabilizam por eles e não reembolsam o valor dos mesmos. Esses objetos devem ser carregados na bagagem de mão”, alerta a consultora.

No entanto, Yara lembra que “nunca devem ser levados objetos cortantes ou pontiagudos na bagagem de mão. Caso sejam imprescindíveis, é preciso colocá-los na bagagem que será despachada para não perder tempo na esteira de inspeção, na entrada da sala de embarque”. Ainda assim, para embarque a partir dos Estados Unidos, nem mesmo nas malas a serem despachadas são aceitos quaisquer objetos que possam vir a colocar o vôo em risco, incluindo alicates, canivetes, facas ou outros objetos pontiagudos.

Veja como trabalham algumas companhias:¶

Piece concept – Tap, Air France (para Europa), Ibéria, Swiss, Varig, Lufthansa, Alitalia, British Airways (Europa e Oriente Médio).

Weight concept – TAM, Air France (para Ásia).

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