O interesse por intercâmbio só tem crescido entre estudantes brasileiros e os Estados Unidos e a Inglaterra ainda são os países mais procurados por quem deseja obter experiência de morar no exterior e ainda aperfeiçoar-se no inglês. Outros países como o Canadá, a Austrália e a África do Sul também têm ganhado espaço no rol de destinos para intercâmbio e um, especificamente, gera grande interesse e não é só porque também falam inglês, ainda o idioma pelo qual os jovens mais se interessam.
A distante e desconhecida Nova Zelândia desponta como interessante país para morar e estudar entre os jovens, principalmente pelos que curtem esportes e natureza, conforme conta Sílvia Bizatto, gerente de marketing da EF Brasil. ?O país é de uma beleza natural indescritível e, além disso, tem uma cultura rica, que convive em harmonia com a influência britânica e também é uma ótima opção para quem quer viajar, já que é pequeno e tem cenários bem diversificados?, cita ela.
Segundo a Embaixada da Nova Zelândia, o interesse do país como destino de estudo tem crescido cerca de 30% ao ano no Brasil. Em 2005, 1,5 mil brasileiros foram estudar lá; no ano passado, 2,5 mil.
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A Ilha Sul, onde está Nelson, reúne lagos, montanhas, fiordes; um oásis para o turista aventureiro. |
O primeiro-secretário da Embaixada, Haike Manning, diz que entre os fatores que levam o país a despertar interesse para o intercâmbio está o fato de oferecer educação de alta qualidade em instituições reconhecidas internacionalmente e que têm longa experiência em receber estudantes estrangeiros. ?Junto com o governo, essas instituições têm criado regras para assegurar que esses alunos estrangeiros sejam recebidos e tratados como se fossem estudantes neozelandeses?, informa. ?Além disso, a Nova Zelândia é uma nação jovem, inovadora, bacana, de belezas naturais singulares e é também um país seguro.?
Além da natureza que propicia e atrai pessoas do mundo inteiro para a prática de esportes de aventura, o país tem cidades cosmopolitas, com riqueza multicultural, gastronomia, vinhos de alta qualidade e uma vida noturna diversa, por isso, atrai também viajantes e estudantes de diferentes faixas etárias.
Na EF, a Inglaterra é o país mais procurado por candidatos a intercambistas, seguida de Estados Unidos e Canadá, porém, no ano passado, o interesse pela Nova Zelândia cresceu 20% em relação a 2006. A empresa tem escolas próprias no exterior, como é o caso da instituição situada em Auckland.
Natureza e segurança
Cláudia Powell, gerente do STB Pacific Nova Zelândia, comenta que os kiwis, como são chamados os neozelandeses, primam muito pela preservação da natureza. Eles são adeptos do esportes ao ar livre, costumam pescar, ir à praia, andar de bicicleta e fazer piqueniques. Além de um privilégio para usufruir, eles sabem que são as belezas naturais um dos itens que mais atraem turistas do mundo todo para lá, dentre os quais uma grande quantidade de jovens vinculados a programas de intercâmbio. Segundo levantamento divulgado pelo STB, em 2006, o país movimentou US$ 1,5 bilhão com intercâmbio cultural, que envolve ensino médio, universitário, pós-graduação e ensino técnico.
E, mais do que natureza exuberante, Cláudia enfatiza que o país oferece estabilidade econômica e eficiência no funcionamento dos sistemas de segurança, educação, turismo e transporte.
Inglês mesclado e custo baixo
Um estudo feito recentemente pela consultora Deloitte e informado pela Embaixada da Nova Zelândia no Brasil mostra que o país tem o custo de vida mais baixo entre os destinos procurados para intercâmbio.
A Nova Zelândia como destino de estudo é tema de palestra que a Central de Intercâmbio (CI) promove hoje, em Brasília.
O primeiro-secretário da Embaixada neozelandesa, Haike Manning, um dos palestrantes, cita o custo-benefício dos programas oferecidos nas instituições locais como uma das vantagens do país.
Para se ter uma idéia, um mês estudando em escolas públicas e ficando hospedado em residência de famílias locais, com café-da-manhã e jantar incluídos, pode custar US$ 1.620. Outra grande vantagem é que o período escolar da Nova Zelândia é igual ao do Brasil. O idioma falado pelos neozelandeses é uma mistura entre o inglês americano e o inglês britânico, com um toque único do Pacifico.
Quanto custa?
O programa de 24 semanas (seis meses) da EF na Nova Zelândia custa US$ 10.880, incluindo 32 aulas de inglês por semana, material didático com guia de gramática EF Efekta, EF Efekta Fluency Test e EF Efekta Progress Tracker, hospedagem em casa de família (quarto duplo), café-da-manhã e jantar de segunda a sexta e todas as refeições no fim de semana em casa, acesso a e-mail e internet sem fio, certificado da EF e acesso livre ao laboratório (iLab) da EF Efekta com aulas online desde a matrícula até seis meses após o curso.
Entre os programas da STB para a Nova Zelândia, há o High School que custa a partir de US$ 11.150 o semestre e a partir de US$ 19.640 o ano, incluindo curso e hospedagem em casa de família.
Na Central de Intercâmbio (CI), os preços do High School variam a partir de NZD$ 12.769 para o semestre letivo ou a partir de NZD$ 23.389 o ano letivo. Inclui: taxa escolar e de matrícula, hospedagem em casa de família, com todas as refeições; recepção dos estudantes no Aeroporto Internacional de Auckland, assistência no check-in para a volta ao Brasil; orientação na chegada ao país; assistência da equipe Discovery durante toda a temporada de intercâmbio; relatório mensal do desempenho dos estudantes, acesso permanente à equipe Discovery via toll free 24 horas e convalidação do boletim escolar junto à Embaixada do Brasil, em Wellington.
A moeda
A moeda do país é o dólar neozelandês. A freqüente valorização do real ante o NZD$ nos últimos três anos é mais um ponto que faz da Nova Zelândia um país atraente para os brasileiros. Atualmente, NZD$ 1 vale R$ 1,35.
Serviço: informações sobre os programas na Nova Zelândia podem ser obtidas com as instituições nos sites www.ef.com.br, www.ci.com.br e www.stb.com.br. As três têm escritórios no Paraná. (DS)
Kiwis são educados para a vida
Freqüentar uma escola tem um significado muito mais amplo na Nova Zelândia. Lá, segundo a gerente do STB Pacific Nova Zelândia, Claudia Powell, além de matérias teóricas, os alunos aprendem a plantar, cozinhar, consertar carros, construir móveis e até a sobreviver no meio da floresta ou da neve. ?Uma metodologia que ajuda a desenvolver o raciocínio crítico e a autoconfiança para enfrentar desafios e superar limites?, destaca.
Cláudia explica que o país é composto por duas ilhas principais. De um lado, a Ilha Norte, mais quente, que é conhecida pelas praias e formações vulcânicas. Este lado reúne cidades como Auckland, a cidade das velas; Wellington, a capital; Rotorua, o endereço das fontes e crateras termais; e, próximo dali, em Tongariro, um vulcão ativo, o Monte Ruapehu. Do outro lado, cenário para filmes como a trilogia O Senhor dos Anéis, a Ilha Sul, que reúne lagos e montanhas cobertas de neve e fiordes, um oásis para os praticantes de esportes ao ar livre.
Obrigado e por favor
Claudia Powell enfatiza que alguns hábitos são fundamentais para quem quer viver em harmonia no país. O aluno tem que saber que, nas casas de família, vai aprender a interagir e a ajudar nas tarefas domésticas, participar de atividades sociais e aprender a dividir o tempo de uso do computador com seus ?irmãos?. Outra regra é básica: usar quotidianamente as palavras ?please? e ?thank you?.