Natureza e bucolidade na Serra de Ibitipoca

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A trilha que leva à Gruta dos Três Arcos é um dos passeios imperdíveis no Parque Estadual de Ibitipoca.

Grande e diversificado, o Brasil tem uma ampla quantidade de pequenos paraísos para as pessoas que consideram que fazer turismo é participar de uma aventura em meio à natureza, seja fazendo um esporte radical ou percorrendo trilhas. Esses mesmos lugares deixam boquiabertos também os turistas que simplesmente buscam conhecer recantos naturais diferenciados do roteiro tradicional que tem o Nordeste brasileiro como palco.

Para esses turistas, a Serra de Ibitipoca pode ser uma grande e agradável surpresa. Ramificação da Serra da Mantiqueira, Ibitipoca guarda o parque estadual de mesmo nome, que foi transformado em área de preservação ambiental em 1973. O parque tem uma área de 1,9 mil hectares, enfeitados por cachoeiras, corredeiras, grutas e trilhas, a 1,8 mil metros de altitude, além de flora e fauna ricas e diversificadas, incluindo algumas espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará, o mono-carvoeiro, a onça parda, o papagaio-de-peito-roxo e outras exclusivas da região, como a menor rã do mundo, e uma boa variedade de orquídeas.

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Trilha do Caminho das Águas ou da Cachoeira dos Macacos: sete quilômetros de cenários fantásticos.

O parque fica em Lima Duarte, Minas Gerais, a sessenta quilômetros de Juiz de Fora, no distrito de Conceição do Ibitipoca. Esse distrito já esteve na rota de tropeiros no século XVIII, no auge da exploração aurífera em Minas Gerais, como importante entreposto comercial, pouso dos aventureiros e contrabandistas que se arriscavam levando o ouro de Vila Rica e Mariana até o litoral. Daquela época, resta ainda a bela igreja barroca de 1768, de Nossa Senhora da Conceição.

À época da Inconfidência Mineira (por volta de 1789), dizem que a vila presenciou execuções de alguns acusados de participar do movimento. Porém, a importância do lugar diminui à medida em que terminava o ciclo do ouro na região, ficando a vila com cerca de duzentos habitantes. O vilarejo só foi redescoberto em meados de 1970, com a chegada dos primeiros turistas em busca de natureza e bucolidade.

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Quedas d’água e rios com águas cor-de-guaraná convidam
o turista a banhos refrescantes.

Com uma boa estrutura, o parque estadual conta com área de camping, centro de informações, lanchonete e vestiários, além de o distrito contar com diversas pousadas, restaurantes e serviço de guias. Dentro do parque, o visitante pode optar por uma das trilhas, e desfrutar belas paisagens e deliciosos banhos nas águas cor-de-guaraná.

Por exemplo, a trilha conhecida como Caminho das Águas, ou Cachoeira dos Macacos, considerada de dificuldade média, percorre sete quilômetros, ida e volta, de cenários fantásticos e promessa de belas fotos. Outras trilhas visitam a Cachoeira da Janela do Céu, a imperdível Gruta dos Três Arcos, Pico da Lombada (a 1.784 metros), Pico do Pião (a 1.722 metros), Cachoeira da Pedra Furada e ainda passeios a cavalo pela vila e arredores, entre outros, com duração de três a sete horas de caminhadas, incluindo pausas para banhos.

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Igreja Nossa Senhora da Conceição é um dos pontos históricos que relembram o célebre ciclo do ouro.

Serviço – O ingresso ao parque custa R$ 5 por pessoa. A vila oferece diversas opções de hospedagem, dentre elas as pousadas Janela do Céu, Aquarius, Repousada, Hotel Alphaville, Hospedaria Ar da Graça, Estação Andorinhas, entre outros vinte estabelecimentos, com preços que variam de R$ 50 a 160 por casal, com café da manhã. Mais informações sobre os atrativos locais podem ser obtidas pelo telefone (32) 3281-8118 ou 3281-8128.

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