Londres vale cada libra e segundo

Debruçado sobre o parapeito de uma das inúmeras pontes sobre o Rio Tâmisa, você se dá conta: ?Estou em uma das maiores cidades do mundo?. O antigo ao lado do moderno; línguas do mundo todo sendo faladas em um único lugar; milhares de opções – culturais, gastronômicas, de lazer, de compras – para todos os gostos e bolsos. Assim é Londres, uma cidade fascinante. Cosmopolita acima de tudo.

Big Ben. Esta precisa ser a primeira parada de qualquer turista em Londres. Só assim ?cai a ficha? de que você realmente está lá. A torre do Parlamento inglês que abriga o relógio mais tradicional do planeta tem que ser analisada com cuidado. Não é apenas mais um relógio (aliás, Big Ben é o nome do sino de 14 toneladas que anuncia as horas). Os detalhes no prédio são magníficos. E não vá embora antes de ouvir as badaladas.

Londres possui tantas paradas obrigatórias que é preciso disposição. São parques, museus, galerias, palácios, cerimônias, instalações esportivas, lojas… Não dá para perder tempo. Muitos pontos turísticos ficam próximos uns dos outros. Então, é necessário se programar com antecedência para não ficar dando voltas à toa. A pé, pode-se visitar diversos lugares diferentes, o que faz o passeio render bastante.

Abadia de Westminster: lugar
da coroação dos reis.

Um exemplo disso é a região de Westminster, uma das mais tradicionais e históricas de Londres. Lá, estão o Parlamento, Big Ben, London Eye, Abadia de Westminster, entre outras atrações. Depois de passar pelo ?Grande Ben? e observar os detalhes inimagináveis deste símbolo de Londres, é hora de se dedicar ao Parlamento. O Palácio de Westminster abriga as duas casas do Parlamento (www. parliament.uk): a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns. A construção começou em 1042 para ser uma residência real, à beira do Tâmisa. Somente em 1512 é que se torna o Parlamento, onde até hoje são debatidas as leis que vão entrar em vigor na Inglaterra. É uma das vistas mais conhecidas e mais bonitas da cidade.

Outra parada obrigatória é a Abadia de Westminster (www.westminster-abbey.org), onde acontece a coroação dos reis e onde estão enterrados diversos membros da realeza e personalidades da Inglaterra. A abadia foi construída aos poucos, a partir de 1050. Por isso, possui diversas tendências arquitetônicas. Um arrepio acompanha toda a visitação no interior da abadia. Os fatos históricos que ocorreram ali e o desenho suntuoso deixam qualquer um de boca aberta. E não olhe apenas para os lados e para o chão (onde há vários túmulos). A nave da Abadia de Westminster é maravilhosa. Este é o tipo de visita que precisa ser feito sem pressa. Tem que aproveitar cada minutinho dentro dali. E, se prepare. Porque o mesmo vai acontecer em outros lugares inesquecíveis de Londres. O ingresso à abadia custa 10 libras (R$ 36).

London Eye: vista de 360 graus e alcance de até 40 quilômetros: imperdível.

Um deles está próximo dali. O London Eye (www.londoneye.com), uma imensa roda-gigante na beira do Tâmisa, é imperceptível. Oferece a melhor vista de Londres. Quem embarca em uma das cápsulas que compõem a roda (cada uma cabem 25 pessoas) tem uma vista de 360 graus da cidade. Por favor, não esqueça da máquina fotográfica! O passeio rende imagens lindas, especialmente do Parlamento. Tudo sobre o London Eye é gigantesco. São 135 metros de altura e um peso de 2,1 toneladas. Dá para ver pontos com até 40 quilômetros de distância. São 30 minutos em uma viagem de pura contemplação. Este é apenas um dos pequenos roteiros que podem ser feitos dentro desta cidade cosmopolita, que convive sem problemas com a história e a modernidade. Vale a pena cada libra esterlina investida. E não é pouco. O passe custa 14,50 libras, ou seja, perto de R$ 50. Uma dica para economizar algumas libras é comprar pacotes de ingressos, que incluem passes a dois ou mais atrativos turísticos da cidade.

Capriche na visita aos museus

O British Museum concentra parte da história antiga.

Não importa para onde sevá: dá para encontrar um museu em qualquer canto da capital inglesa. Não é possível dizer que foi para Londres sem ter visitado nem um museu sequer. E melhor: não precisa pagar nada. As instituições pedem doações em libra, dólar ou euro. Mas fica a critério de cada visitante. Sugere-se ?doar? 3 libras (R$ 10) ou US$ 5 ou ainda 5 euros para cada um deles.

Dois museus são obrigatórios: British Museum e National Gallery. O British Museum é o mais antigo do mundo, fundado em 1753. Uma enorme estrutura, que não é encontrada em nenhum lugar do Brasil, traz coleções sobre África, Oceania, Américas, Oriente Médio, Ásia, Grã-Bretanha, Europa, Egito, Grécia e Roma, além de pinturas, desenhos e moedas. Não dá para gastar meia hora em uma visita no British Museum. Quem gosta de história antiga vai eleger o museu como uma das melhores atrações de Londres.

Um dos mais impressionantes acervos é o do Egito. Estátuas de faraós, tumbas, múmias, esculturas… É ?palpar? (cuidado, não se pode tocar nas peças) a história; ver com os próprios olhos o que se aprendeu nas salas de aula. Outra seção imperdível do British Museum é a da Grécia. Lá está o maior tesouro do museu: os Mármores de Elgin, um conjunto de baixos-relevos do Pathernon. Na sala ainda estão diversas estátuas que compunham o templo. É simplesmente maravilhoso.

Sair do British Museum é um momento triste. Não só por deixar raridades para trás. Mas se percebe o quanto de riqueza histórica e cultural foi retirado de seus locais originais. O que é uma pena.

Van Gogh, Monet, Da Vinci

Amantes da pintura se encantam com o The National Gallery.

O The National Gallery é o lugar ideal para quem adora pintura. São quadros de diversas épocas e escolas, desde 1250 até 1900. O museu é a oportunidade de ver de perto obras de Da Vinci, Rafael, Renoir, Monet, Van Gogh, entre tantos outros. São pinturas do Renascimento, Impressionismo e de países como Itália, Holanda, Alemanha, França, Espanha. O The National Gallery fica na Trafalgar Square, outro ponto importante de Londres. Local de comícios e reuniões públicas, a praça ainda abriga uma estátua de Almirante Nelson no alto de uma coluna de 50 metros de altura.

Outros museus importantes de Londres são: Natural History Museum, Victoria e Albert, Tate Gallery e Tate Modern.

Ícones remetem à realeza

Joyce Carvalho

A Tower Brigde, a famosa ponte sobre o Rio Tâmisa, é um dos símbolos de Londres.

Não há turista que escolha Londres como destino e não tenha curiosidade de, por exemplo, avistar o Palácio de Buckingham e assistir a tradicional Troca de Guarda ou ainda conhecer a catedral onde se casaram o príncipe Charles e a princesa Diana. São alguns dos programas que turista nenhum, principalmente os de primeira viagem, deve nem quere fugir.

Mas há muito o que se ver em Londres além dos monumentos ligados à família real. A capital britânica revela parte de sua rica história em alguns de seus ícones mundialmente conhecidos, portanto, seria um pecado não incluílos no roteiro, claro, juntamente com museus e parques. Confira.

Torre de Londres – Com seus 900 anos de história, é um dos passeios obrigatórios em Londres. Lá aconteciam muitas execuções de condenados e determinados espaços serviam como prisão para os traidores. Abriga a White Tower onde está a coleção nacional de armas e armaduras e a Jewel Tower onde está as Jóias da Coroa. Em frente à Torre de Londres está outro ponto turístico: a Tower Brigde. É uma ponte sobre o Rio Tâmisa que se parece com um castelo. Também se tornou símbolo da cidade. Ingresso custa 16 libras (R$ 57). Site: www.hrp.org.uk.

St. Paul?s Cathedral é onde
se casaram Diana e Charles.

Palácio de Buckingham – É a casa da Rainha Elizabeth II. É o local perfeito para se sentir perto da família real. Algumas salas do palácio ficam abertas ao público no verão. E não dá para perder a cerimônia de Troca de Guarda, uma das mais tradicionais do Reino Unido. De abril a julho, a troca acontece todos os dias. No restante do ano, a cerimônia ocorre em dias alternados.

St. Paul?s Cathedral – A catedral é repleta de detalhes. O interior é superordenado. Foi o cenário do casamento da princesa Diana com o príncipe Charles, entre outros eventos históricos. O Domo é uma das principais atrações, com 110 metros de altura. Vale a pena gastar um pouco de fôlego e subir centenas de degraus para visitar a Galeria dos Sussurros, no alto do Domo. O ingresso custa 9,50 libras (R$ 34). Site: www. stpauls.co.uk.


Madame Tussaud?s Museum, o curioso museu de cera.

Parques – Os parques de Londres são freqüentados durante todo o dia. É comum ver pessoas almoçando e tomando sol no início da tarde. Aproveite para respirar ar puro e descansar um pouco das caminhadas. Os principais são o Hyde Park, St. James Park, Regent´s Park e Greenwich Park (abriga o Royal Observatory Greenwich, onde passa o meridiano que divide a Terra em hemisférios leste e oeste).

Madame Tussaud?s Museum – Não dá para sair de Londres sem visitar o famoso museu de cera. E, claro, tirar fotos com as estátuas das personalidades. O ingresso custa caro 25 libras, ou seja, aproximadamente R$ 90 -, mas vale a pena. Site: www.madame-tussauds.com.

Inclua na rota os templos do futebol

Emirates Stadium, de
propriedade do Arsenal.

O futebol, como conhecemos hoje, nasceu na Inglaterra. E quem vai para Londres pode conhecer alguns dos melhores estádios do mundo. São três estádios que merecem atenção: Emirates Stadium (de propriedade do Arsenal), Stamford Brigde (Chelsea) e Wembley Stadium. É possível fazer uma visita guiada para conhecer mais as estruturas, nada parecido com o que existe no Brasil.

Como tudo em Londres, essas visitas também não são baratas. No Emirates, por exemplo, custa 12 libras por pessoa, o equivalente a R$ 43.

Mais informações sobre os tours nos sites www.arsenal.com, www.chelseafc.com e www.wembleystadium.com.

Dicas

* Andar por Londres não é difícil. O sistema de transporte é ótimo. Basta pegar os mapas dos ônibus e do metrô ? fáceis de encontrar -, que ajudam bastante na localiz ação. Existe um sistema de compra de passagens para longos períodos, o que resulta em economia.

* A maioria dos ônibus de Londres é de dois andares. Mas ainda rodam, em determinadas linhas, os ônibus de dois andares tradicionais, com a entrada aberta por trás do veículo. Aproveite para pegar um destes (e tirar foto, lógico).

* Em Londres, é comum chover e fazer um pouco de frio, mesmo no verão. Então, leve sempre um guarda-chuva e um casaco na bolsa.

* Não faça a conversão de libras (ou pounds, como se fala lá) para reais! Senão, você não vai nem comer direito. Londres é uma cidade cara. Se prepare. Atualmente, cada libra está valendo cerca de R$ 4.

* Não tenha medo de pedir orientações para os londrinos. Como existem muitos estrangeiros na cidade, os ingleses ou os moradores de Londres são atenciosos.

* É bom levar à tira-colo um guia ou um mapa de Londres. Muitas atrações ficam próximas umas das outras e o passeio pode ser feito a pé, o que também facilita bastante.

* E, claro, programa obrigatório em Londres é escolher um dos muitos pubs da cidade e tomar uma cerveja, sem pressa. Afinal, não há nada mais tradicional na capital inglesa.

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