Culinária, história e cultura, baías cheias de encantos e montanhas cobertas de mata atlântica. Com grande variedade de hospedagens convidativas e atrações para todos os gostos e bolsos, o litoral do Paraná oferece uma série de opções turísticas na temporada de férias de inverno.
Muitas vezes “esquecida” no inverno, a região dispõe de atrações voltadas ao entretenimento, ecoturismo, turismo de aventura, histórico, cultural e rural. Atualmente, o litoral do Estado conta com 102 atrativos turísticos identificados pelos órgãos do setor, sendo 23 voltadas ao turismo cultural, 21 ao ecoturismo, 17 ao turismo de lazer, sol e praia, 13 ao turismo de aventura, dez ao náutico e pesca, três ao turismo religioso e 21 divididos igualmente entre as áreas de gastronomia, negócios e eventos.
Como complemento, existem ainda 14 unidades de conservação estadual e três unidades de conservação federal, que protegem inúmeras espécies da fauna e flora, bem como porções de biomas que podem ser observadas somente nessa região e que são alvo de diversos estudos elaborados por pesquisadores nacionais e internacionais.
As baixas temperaturas não são impeditivo para desfrutar das belezas e atrativos da região. Durante o inverno, os municípios do litoral paranaense continuam a oferecer diversão e gastronomia, aliados a um serviço de hospedagem diferenciado.
Os encantos para quem desce a Serra do Mar nesta época do ano são muitos. Além de paisagem diferenciada e um clima mais quente do que o da capital e das regiões do interior do Estado, as charmosas pousadas também atraem pelos preços convidativos, atendendo casais, famílias e visitantes solitários que buscam privacidade e tranquilidade, em cenários repletos de natureza e atividades para todos os gostos.
A travessia para a Ilha do Mel, por exemplo, que a partir de setembro é realizada para mais de três mil turistas por dia, em média, nos meses de julho e agosto recebe aproximadamente cem turistas/dia, transformando o passeio em uma experiência prazerosa e relaxante.
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| Casario histórico de Antonina: um acervo cultural. |
O passeio até o litoral, assim como no verão, pode ser feito de trem, por meio da centenária ferrovia que atravessa a Serra do Mar; de carro ou ônibus, pela BR-277 ou pela sinuosa e florida Estrada da Graciosa.
Ao chegar ao litoral, o visitante pode optar por visitar suas cidades históricas, a Mata Atlântica ou uma das diversas praias, localizadas em balneários ou em ilhas, como a Ilha do Mel ou do Superagui. Poucos litorais brasileiros oferecem tantas opções diferentes de turismo quanto o paranaense.
“O que o turista mais busca são roteiros novos, opções que fujam do tradicional. No litoral do Paraná ele se encanta com a variedade de atrativos em um mesmo roteiro: trem, belezas naturais, gastronomia típica, folclore e muita arquitetura histórica. Uma opção para aqueles que tiram férias nesse período”, explica Patrícia Albanez, consultora do Sebrae/PR, que, em parceria com a Secretaria de Estado do Turismo e a Agência de Desenvolvimento do Turismo do Litoral (Adetur) promove o projeto Litoral do Paraná – Emoções o Ano Inteiro.
História e tradição
O litoral paranaense, em especial Paranaguá, Morretes, Antonina e Guaraqueçaba, conta com diversas construções de arquitetura histórica, que remetem aos costumes, religiosidade, construindo verdadeiros acervos culturais.
São povos, culturas, histórias, lendas e muita música tradicional, com destaque para o fandango. Nesta época do ano, muitas agências voltam seus pacotes para esse tipo de visita cultural, que aborda a história de mais de 300 an,os do Paraná, iniciada pelo litoral na época das grandes navegações.
O charme dos cafés coloniais típicos europeus, que ganham destaque nas estações mais frias, soma-se à visitação das igrejas, fortalezas e caminhos repletos de casarios coloniais.
Pesca e turismo náutico
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| Ilha do Mel pede um passeio de bike no inverno. |
As baías do litoral paranaense são propícias à prática do turismo náutico. Além disso, a região conta com diversidade muito grande de peixes, sendo muito visada à prática de pesca esportiva.
Na região de Paranaguá e na Baía de Guaratuba podem ser encontrados diversos pontos de pesca na praia e espaços estratégicos para a prática dessa modalidade.
Denilson Padilha Fuchs, proprietário da empresa Vela & Aventura, especializada em passeios com veleiros, lanchas e embarcações pelo litoral paranaense, explica que o inverno é a melhor época para fazer esse tipo de viagem, pois as paisagens são mais bonitas, o mar é mais estável, o vento é constante, é mais fresco para dormir e há menos insetos.
Além disso, segundo Denilson, a procura é 30% menor, o passeio fica muito mais tranquilo e se torna ideal para casais. “No inverno, até a alimentação dos passageiros é adaptada, com pratos mais quentes, como o fondue, e as viagens se tornam muito mais aconchegantes.”
Ecoturismo e aventura
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| Voo de parapente em Matinhos: dias de sol propiciam aventura. |
A Serra do Mar esconde magníficos cenários para o ecoturismo e o turismo de aventura, incluindo cicloturismo, caminhada, montanhismo, arvorismo, rafting, canoagem, rapel, voo livre, entre outras atividades praticadas junto à natureza, como camping, trilhas e opções de banhos de cachoeira.
Em poucos espaços no Brasil há, no mesmo lugar, opções como a Baia dos Golfinhos, revoadas de papagaios e aquários naturais. Existem serviços que propiciam ao turista acesso aos atrativos.
O turista que vai ao litoral conta com algumas empresas especializadas em ecoturismo, dentre elas agências de turismo receptivo, transporte náutico, hospedagem e até mesmo uma cooperativa de turismo em Guaraqueçaba.
A Calango Expedições é uma das agências de viagem com pacotes voltados ao turismo de inverno no litoral e oferece, nos meses de julho e agosto, cinco opções com preços convidativos de passeios voltados ao turismo de aventura, incluindo visitas a rios, pontes, engenhos artesanais de cachaça, vilarejos naturais, recantos e cascatas.
“A maioria dos pacotes envolve caminhadas dentro de trilhas e passeios de bicicleta, custando, nesses meses, bem menos dos que os pacotes de verão”, explica Celso Luis Maceno Filho, diretor-financeiro da empresa.
Gastronomia
O barreado, servido tradicionalmente em Morretes, Antonina e Paranaguá, e os frutos do mar do litoral paranaense agradam a todos os paladares com um banquete de variedade, aromas e sabores trazidos pelas mais diversas etnias.
Na Ilha dos Valadares, por exemplo, destacam-se os pratos tradicionais, como o “siri metido a besta”, a “tainha filha da mãe”, enrolada na folha de bananeira e assada, ou ainda a “pescadinha frita com farinha de mandioca”.
Guaratuba oferece, além dos frutos do mar tradicionais, diversas formas de consumo de ostras. Em Pontal do Paraná, encontramos a “cambira”, uma espécie de peixe defumado, e, em Guaraqueçaba, é servido o “lambe-lambe”, uma espécie de risoto de mexilhões, além do caranguejo e outros frutos do mar convidativos ao clima do inverno.
Em Antonina, além do barreado, peixe e camarão, o carro-chefe é a carne de siri, juntamente com a bala de banana. Morretes destaca-se, além da variada agricultura, pelos seus engenhos de cachaça, farinha de mandioca, doces de frutas caseiros e também pelo barreado. J&aacu,te; em Paranaguá as atrações nessa época do ano são a tainha e o caranguejo, que, servidos bem quentinhos, aquecem o frio dos meses de julho e agosto.
