Interlaken conduz aos cartões-postais

No centro da região de Bernese Oberland, no cantão de Berna, está Interlaken, pequena cidade de 5,2 mil habitantes, situada, como o próprio nome diz, entre dois lagos -Thun e Brienz. Embora pequena, a cidade, que fala alemão, tem muitos atrativos turísticos. No verão, oferece a possibilidade da prática de atividades diversas, dentre as quais, os esportes aquáticos como o surfe e o mergulho; o ciclismo, as caminhadas e as escaladas. No inverno, a cidade reúne um grande número de turistas amantes dos esportes de neve, já que é ponto de partida para algumas estações de esqui e, durante todo o ano, para excursões fascinantes que levam o turista a conhecer os cartões-postais mais conhecidos da Suíça – os alpes.

Um dos passeios mais interessantes é a Schilthorn, um cenário tão fascinante que virou locação para um filme de James Bond, 007, a serviço de sua majestade, de 1968. Para chegar até lá, é preciso subir três estações, a bordo de um bonde, passando pelas localidades de Mürren e Gimmelwald. Estas são vilas que valem a pena uma visita por reunir a típica imagem desta parte da Suíça -casinhas em estilo alemão e montes verdes salpicados de vacas e seus sininhos no pescoço.

A 2.970 metros, montanha
Schilthorn oferece vista privilegiada dos alpes: inesquecível.

Nos bondes, rumo a Schilthorn, quanto mais se sobe, mais se sente a baixa de temperatura, até que se chega aos 2.970 metros de altitude e o preciso termômetro digital marca dois, três graus negativos. Lá em cima, o Restaurante Piz Gloria oferece a melhor vista que se pode ter de Jungfrau, Eiger e Mönch, um conjunto de montanhas que é Patrimônio Natural da Humanidade, tombado pela Unesco. Além de ter janelas amplas de vidro, o restaurante é giratório, permitindo vista total da cadeia de montanhas. Lugar perfeito para um brinde com prosseco ou, para os mais friorentos, uma farta caneca de chocolate quente.

Desfrute os passeios a pé na romântica Lucerna

As pontes que ligam o Rio Reuss ao centro antigo de Lucerna dão um charme especial e um clima romântico a esta que é a principal cidade da área central da Suíça. Capital do cantão de mesmo nome, tem 58 mil habitantes e, assim como Interlaken e Zurique, o alemão é o idioma oficial. Essa pitoresca cidade é hoje um importante destino turístico suíço, que recebe anualmente cerca de um milhão de visitantes.

Um centro histórico, cultural e de compras, fechado para a passagem de automóveis, convida o turista a desfrutar os passeios a pé. Lá, há um grande conjunto de lojas, das mais simples às mais sofisticadas, que vendem de roupas a bicicletas e, claro, relógios e canivetes.

Não deixe de apreciar em Lucerna alguns dos símbolos mais importantes da Suíça. Além do Monte Pilatus, Lucerna exibe ainda a Ponte da Capela e a Torre da Água, que estão entre os ícones construídos pelo homem, mais fotografados no país. Ambos foram erguidos em 1333, sendo a torre para proteção e defesa da cidade. A mais antiga ponte em madeira na Europa, a Ponte da Capela exibe, em seu interior, pinturas do século XVII que contam parte da história do país. Há treze anos, um incêndio quase destruiu completamente este símbolo suíço, que precisou ser praticamente reconstruído um ano depois. Uma segunda ponte de madeira de Lucerna é a Ponte do Moinho, construída em 1408, que liga o centro antigo ao moderno.

Cafés e restaurantes com mesas ao ar livre aproveitam o charme do cenário formado pela ponte e o rio para atrair turistas e moradores – e conseguem. Os estabelecimentos ficam lotados, praticamente o dia todo.

Outro monumento que chama a atenção no centro de Lucerna é a Igreja Jesuíta, o primeiro edifício sacro construído em estilo barroco na Suíça. Foi erguida em 1666, um século depois da chegada dos jesuítas na cidade.

Museus e carnaval

Lucerna é também um interessante centro cultural. Entre os atrativos, museus como o dos Transportes, que retrata a história dos veículos, desde os trens até os mais modernos aviões e automóveis de Fórmula 1; o Museu de Arte e o Museu Picasso, com gravuras e fotos que mostram o cotidiano do artista.

A pitoresca cidade do centro da Suíça é também conhecida por sediar o carnaval. É claro que o evento nada tem da nossa tradicional festa popular, a começar pelo fato de que acontece no inverno. ?As pessoas usam mais roupas por causa do frio?, brinca a guia de turismo, Monika Achermann. Outra diferença é que lá a animação dura ?só? três dias e três noites. (DS)

Jungfrau se une ao Rio de Janeiro

A partir do dia 1.º de julho, o turista que fizer o passeio de trem ao Corcovado, no Rio, e, no prazo de um ano, visitar a Suíça, poderá ir de trem a Jungfrau, pagando a metade do preço. O benefício é o resultado de um acordo assinado, no mês passado, entre os administradores das estradas de ferro do Corcovado e de Jungfrau, para cooperação nas áreas técnica e de marketing. A mesma vantagem terá o turista que fizer o passeio na Suíça e for ao Rio no prazo máximo de um ano. A Ferrovia de Jungfrau é mundialmente conhecida pelo seu traçado que leva à estação ferroviária mais alta da Europa, no Jungfraujoch, a 3.454 metros. Essa ferrovia e a do Corcovado foram construídas no final do século 19 e têm em comum o mesmo sistema suíço de tração por cremalheira. Mais informações: www.corcovado.com.br e www.jungfraubahn.ch.

Coração da Suíça bate mais forte em Zurique

A maior cidade e talvez a única verdadeira metrópole da Suíça, Zurique reúne as principais características do país em um só lugar. Apesar de ser o portão de entrada e o maior centro financeiro e, por isso, reunir características únicas, não é uma cidade sisuda e cinzenta. Assim como outros destinos turísticos suíços, é rodeada por belas paisagens – fica entre duas cadeias de montanhas -, cortada por um lago que enfeita seu centro urbano e exibe monumentos históricos, como a bela Igreja de São Pedro e simpáticas praças com fontes de água potável. Tudo bem parecido com outras cidades menores.

Por outro lado, a metrópole de 360 mil habitantes tem características únicas, como a presença de um número grande de imigrantes (20% da população), vida noturna agitada e programação cultural intensa o ano todo, que não dependem do calor do verão.

Satisfaz os mais consumistas como nenhuma outra cidade. Esse tipo de turista vai se maravilhar, por exemplo, com a Bahnhofstrasse, a principal rua do centro nervoso de Zurique, que reúne, em meio a muitos bancos e mercados, lojas de grife exclusivas e outras de departamento que só são encontradas nas grandes metrópoles da Europa. Mas atenção: o bolso é que dita o sentido do passeio na Bahnhofstrasse. É que, quanto mais se aproxima do lago, mais sofisticado é o comércio; já as lojas mais simples estão próximas da estação de trem. O comércio funciona de segunda a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, das 9h às 17h.

Bonde ou bicicleta?

A maioria das pessoas em Zurique se utiliza dos bondes para se deslocar e, quando as distâncias são mais curtas, é comum o uso de bicicletas que podem ser alugadas a 20 francos no centro. Um detalhe: você recebe o dinheiro de volta se devolver a bicicleta intacta, talvez, por isso também seja grande a quantidade de ciclistas pelas ruas.

O bom sistema de transporte facilita o deslocamento nas cidades, mas aproveite para alugar uma bicicleta e percorrer o centro – só cuidado com os bondes! Seja cuidadoso também com os carrinhos de bebês, encontrados aos montes – difícil acreditar que a Suíça é um país de idosos e que a taxa de natalidade está baixando desde 1972.

Outra dica para enxergar o lado mais bucólico da maior cidade da Suíça é fazer um passeio de barco pelo Rio Limmat, que deságua no Lago de Zurique. Custa 7,80 francos por pessoa e dura cinquenta minutos. (DS)

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