Hotelaria vai receber R$ 5,3 bilhões até 2010

Até o final de 2010, a indústria hoteleira do Brasil vai receber investimentos de cerca de R$ 5,3 bilhões na construção de novos meios de hospedagem. O valor não considera o montante que deverá ser aplicado na ampliação e renovação das unidades já existentes, valor que deverá ultrapassar os R$ 4 bilhões. Os dados foram levantados pela agência Hotel On Line, que finalizou a edição 2007 do estudo setorial A Indústria Hoteleira no Brasil – Análise Setorial do Segmento de Hospedagem.

Um dos índices que o estudo revela é que, por causa das dificuldades enfrentadas pelo setor no ano passado, em razão do excesso de oferta de leitos em algumas regiões, da falta de linhas de crédito especiais para a hotelaria, da redução no número de investidores privados, e até mesmo por causa da Copa do Mundo de Futebol e da crise aérea, o crescimento do parque hoteleiro nacional foi de apenas 1,60% em 2006, um índice menor se comparado aos 2,74% alcançados em 2005. Para este ano, de acordo com o estudo, o índice não deverá ser superior, entretanto, o crescimento no valor dos investimentos em relação a anos anteriores será incrementado devido à construção de grandes resorts no nordeste do País.

A maior parte dos investimentos anunciados em hotelaria estão localizados na região Nordeste, em especial nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Alagoas. Se todos os projetos anunciados cumprirem seus prazos de execução até o final de 2010, é bem provável que o montante total dos investimentos no período seja ainda maior. Boa parte dos investimentos é de redes hoteleiras internacionais, principalmente empresas portuguesas e espanholas.

O estudo, que pesquisou 9.162 estabelecimentos de hospedagem em operação nos 27 estados brasileiros, mostra que o parque hoteleiro nacional reúne atualmente mais de 417,5 mil unidades habitacionais (quartos). A região Sudeste lidera o setor com 4.398 empreendimentos de hospedagem, um parque formado por hotéis, flats, apart-hotéis, resorts, hotéis-fazenda, pousadas e hospedarias. A pesquisa também confirma que os estabelecimentos de hospedagem urbanos, direcionados para turistas de negócios ou lazer, representam 55,06% do parque hoteleiro nacional, seguidos pelos estabelecimentos do tipo pousada e hospedaria (33,88%).

Ao contrário do que muitos brasileiros acreditam, as redes hoteleiras não representam maioria na formação do parque hoteleiro brasileiro. Apesar de operarem os principais hotéis do Brasil, até o final do ano passado, 804 hotéis, resorts e flats eram administrados por redes nacionais ou internacionais, enquanto 8.358 estabelecimentos eram administrados por seus próprios proprietários, também chamados de independentes. As redes estrangeiras têm uma participação de apenas 3,10% no mercado, enquanto as redes com bandeiras nacionais representam 5,68%.

O estudo também demonstra que 59,89% dos estabelecimentos de hospedagem em todo o País cobravam, até o final do ano passado, diárias até R$ 100, se posicionando entre as categorias padrão 2 e 3 estrelas. Se comparados aos 61,35% dos estabelecimentos que cobravam esse mesmo valor em 2005, houve uma recuperação no preço das diárias de 2,44% dos estabelecimentos dessas categorias, que passaram a cobrar valores superiores. Além da pesquisa exclusiva realizada pela empresa, o estudo setorial que a agência realiza desde o ano 2000, traz uma lista com mais de 200 novos empreendimentos em construção previstos para serem inaugurados até 2010. Mais informações podem ser obtidas no portal www.hotelonline.com.br ou pelo telefone (11) 6601-9746.

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