O Hotel do Lago às margens do Lago Ypacaraí, em San Bernardino, foi construído em 1888 pelo arquiteto e escultor alemão Wilhelm Weiler, que deixou a Baviera em busca de um lugar saudável, por recomendação médica. De tanto esculpir, Wilhelm – ou Don Guillermo, como veio a ser conhecido no Paraguai – ficou com os pulmões comprometidos pelo pó de mármore. Encantado com o clima do lugar, ele construiu um pequeno castelo com dois pisos, terraços e balcões, rodeado de jardins. E, assim, ele se tornou um dos primeiros imigrantes alemães no País.
Alguns anos depois, talvez influenciados por cartas de Wilhelm, outro grupo de alemães chegou à região, fugindo do caos social ao fim da Primeira Guerra Mundial. Este novo grupo fundou a Colônia San Bernardino, que veio a se transformar num centro de produção agrícola paraguaia. A região passou a ser mais um ponto de referência alemã na América do Sul. O guia Cristiano, do hotel, mostra o interior do edifício, atualmente conservado da forma como era no começo do século 20. Cristiano vai desfiando histórias de hóspedes do passado.
Recanto Nazista
Segundo ele, são fortes as suspeitas de que o hotel abrigou políticos e militares nazistas depois da segunda guerra mundial, oficiais que tinham razões suficientes para permanecerem ocultos depois do conflito. Mas o hotel não atraiu apenas nazistas em fuga. Cada um de seus 26 quartos, tem uma história para contar.
Cada um de seus 26 quartos, tem uma história para contar. Em um deles se hospedou o compositor paraguaio Augustin Barrios Mangoré e em outro a piloto La Tigresa, que voou ao redor do mundo.