Agências de viagens e órgãos oficiais de vários países já descobriram o filão e vêm colhendo os frutos milionários do turismo GLS, um mercado que cresce muito anualmente. Atentos a esta tendência, os organizadores do 14º Festival do Turismo de Gramado apresentarão, no dia 9 de novembro, o painel “Viagens GLS”. O tema será abordado pelo agente de viagens Franco Reinaudo, da Álibe Turismo.
De acordo com Franco, o perfil do turista gay é interessante para o segmento. Em geral, são consumidores natos, ganham duas vezes mais que os heterossexuais, não têm filhos e viajam muito. “Os americanos consideram os gays “DINKS” (double income no kids), ou seja, dupla renda sem filhos, podendo assim gastar mais em viagens a lazer”, argumenta.
Não existem estatísticas oficiais do setor no Brasil. Segundo informações de profissionais ligados à área, os lucros do turismo homossexual crescem numa média de 100% ao ano. Para se ter uma idéia, só nos Estados Unidos são injetados anualmente pelos turistas gays cerca de US$ 54,1 bilhões. “No Brasil, o potencial do segmento turístico GLS representa um grupo de cerca de 18 milhões de pessoas e ainda é totalmente inexplorado”, salienta Franco, que também é presidente da Associação dos empresários GLS do Brasil. “Acho que o mercado está aberto para empresários que querem apostar neste segmento, que exige qualidade, mas retribui com gastos bem superiores à média dos turistas”, diz.