Apesar do contexto internacional marcado pelos eventos de 11 de setembro de 2001 e uma diminuição do número de deslocamentos turísticos, a França conseguiu manter-se em primeiro lugar em números de turistas recebidos. Em 2001 foram 76,5 milhões de turistas estrangeiros, que gastaram 34 milhões de euros, deixando um saldo de 15 milhões de euros, se forem levados em consideração os turistas franceses que partiram para o exterior.

Léon Bertrand, do Ministério do Turismo da França, ressaltou a grande importância da solidariedade que permeou o setor turístico e seus profissionais.

No que diz respeito a 2002, o verão na França foi marcado por um aumento de franceses viajando dentro do território e uma diminuição de suas viagens ao exterior.

A clientela estrangeira continua fiel à França, sobretudo os turistas da Europa do Norte.

Constatou-se igualmente um retorno da clientela alemã, espanhola e italiana. Algumas regiões, no entanto, como Riviera e Ile de Paris, sofreram uma diminuição no número de turistas provindos do Japão e Estados Unidos.

No que diz respeito aos resultados do setor hoteleiro, registrou-se uma pequena baixa, na ordem de 1%, com relação ao mesmo período no ano de 2001.

Ainda assim, Léon Bertrand ressaltou que o ano de 2002 confirma a França como líder mundial do turismo, e o setor turístico como uma das primeiras atividades econômicas do país.

Um exemplo foi a criação de onze mil empregos, somente no primeiro trimestre deste ano, nos setores de hotelaria e alimentício.

Mercados

O ano de 2002, principalmente no verão, caracterizou-se por resultados médios e foi marcado por uma estagnação do mercado estrangeiro e uma diminuição da partida de franceses ao exterior, e o aumento no número de viagens a curta distância onde se pudesse viajar de carro ou ônibus.

Essa situação provém sem dúvida de uma conjunção de fatores: os efeitos de 11 de setembro, uma certa morosidade econômica, o período de adaptação ao euro, a reestruturação do transporte aéreo, eventos específicos de alguns mercados.

Na América do Sul, o mercado brasileiro teve uma leve queda nas partidas para o exterior, principalmente para os Estados Unidos e um crescimento no turismo interno.

O fato de deixarem de viajar para os Estados Unidos favorece o crescimento da Europa como destino turístico dos brasileiros.

Ainda assim a França verá uma diminuição de turistas brasileiros, variando entre -12 a -15%, o que daria um total de brasileiros viajando a França, no ano de 2002, em cerca de trezentas mil pessoas. A Argentina teve uma baixa de 50% de partidas para o exterior, após a desvalorização da moeda local no início de 2002.

De qualquer modo, a Europa manteve-se na preferência dessa clientela em comparação com os Estados Unidos, principalmente pela clientela mais sofisticada (haute de gamme) e homens de negócios.

A baixa no setor aéreo, no tráfego entre Argentina e Europa, foi de -19%.

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