A falta de atenção com as normas internacionais de segurança é a maior causadora de transtorno para turistas. Considerando que, a partir de janeiro, muitas famílias vão passear no exterior, a dica é se informar para evitar que a viagem termine no balcão de check in ou na chegada à terra estrangeira. Os aeroportos, principalmente nos Estados Unidos, seguem novas normas de segurança desde que ocorreram os atentados de 11 de setembro de 2001 e hoje, mais de dois anos depois, a inspeção continua rígida.
“Ninguém passa nos aeroportos, mesmo os norte-americanos, sem tirar sapato, cinto”, avisa Sidney Duarte, diretor para assuntos internacionais da Abav-PR (Associação Brasileira das Agências de Viagem – Secional Paraná). Ele constatou isso há apenas um mês e a fiscalização é rigorosa em todos os aeroportos do país. “Tanto em Atlanta, quanto em Tenecy e Ohio, o padrão de fiscalização foi o mesmo: rigoroso. Até mesmo as bagagens despachadas correm o risco de serem abertas, por isso, a recomendação é que não tranquem as malas, pois eles estão estourando os cadeados e deixando uma carta de aviso sobre a necessidade de inspecionar algumas bagagens para garantir a segurança de todos”, diz Sidney.
Também aos turistas que se dirigirem aos Estados Unidos, a recomendação dada pela consultora Kátia Gonzalez, da Traveland Viagens e Turismo, é manter a seriedade durante a abordagem por parte da Imigração. “Todas as ações são levadas a sério. O passageiro não deve nem pensar em brincar quando forem feitas perguntas antes consideradas sem propósito, por exemplo, se está transportando algum explosivo. Caso contrário, terá toda a bagagem revirada e, se alguma resposta não for verdadeira, ainda corre o risco de ser processado por perjúrio”, afirma.
No avião
E o “perigo” não acaba no checkin. “O controle também é feito pela Infraero, pela Polícia Federal e pela companhia aérea nos períodos de espera para o embarque e já dentro do avião. No caso de suspeita, a bagagem é novamente verificada. Se isso ocorrer antes do embarque, o nome do passageiro ficará registrado e em toda conexão haverá nova verificação. É preciso ter muita calma e colaborar em tudo o que for possível”, explica Kátia.
A consultora alerta também para que o passageiro fique atento com os seus pertences. “Não é só no Brasil que existem assaltos, por isso, não se deve deixar bagagens desacompanhadas nos aeroportos”, aconselha.
Sidney Duarte, da Abav-PR, complementa orientando que o turista evite aceitar presentes de desconhecidos e deixar distante os pertences de mão. Documentos como passaportes são muito cobiçados, principalmente os brasileiros, pelo fato de o Brasil abrigar descendentes de povos diversos. “Um árabe ou japonês que comprar um passaporte brasileiro no mercado negro pode muito bem dizer que é brasileiro”, comenta.
Outra recomendação para evitar transtornos e constrangimentos em chão estrangeiro é em relação ao visto. Turista que segue a um destino a negócios tem que ter visto de trabalho. “Nos Estados Unidos, por exemplo, se um turista chega com visto de passeio e, na hora, diz que foi ao país a trabalho é deportado na hora”, alerta Sidney Duarte. Ele diz que em outros países como Inglaterra e Portugal isso também pode acontecer, já que muitos brasileiros estão tentando “burlar” a imigração, dizendo que estão indo passear, mas, na verdade, têm a intenção de morar.
Evite aborrecimentos
– Tenha sempre à mão o documento de identidade original (em vôos domésticos) e passaporte (em vôos internacionais). A qualquer momento ele pode ser solicitado e comparado com o cartão de embarque;
– Não aceite pedidos para levar encomendas;
– Responda com seriedade às perguntas da companhia aérea, Infraero, autoridades locais de aduana e polícia;
– Não coloque objetos de valor, como jóias por exemplo, na bagagem a ser despachada. Em caso de extravio, ficará difícil provar o conteúdo da mala;
– Não coloque tesoura, alicates de unha, estiletes, canivetes ou outros objetos cortantes ou pontiagudos em nenhuma das bagagens porque as companhias aéreas não permitem o embarque desses objetos;
– É proibido o transporte de lap-top / palm-top em bagagem despachada. Eles devem ser transportados com o passageiro e serão submetidos ao exame de raios-X e depois devem ser ligados por, pelo menos, um minuto;
– Em caso de danos ou sinais de violação da bagagem, o passageiro deve comunicar o problema imediatamente à companhia aérea. Normalmente há um despachante da empresa por perto. Será preenchido um relatório com os detalhes sobre os danos causados. A empresa aérea deverá ser responsabilizada e pagar indenização ou reparo da bagagem. Em caso de extravio, o passageiro deverá comunicar o problema antes de deixar a área de entrega das bagagens. A empresa tratará de localizar a bagagem e, se não conseguir, será obrigada a indenizar o passageiro. (Fonte: Traveland Viagens e Turismo)
