Quem gosta de Carnaval não vê a hora de cair na folia. Quem nem cogita sair atrás do trio elétrico ou desfilar na avenida foge para o mar em busca de sol e água fresca. Seja qual for a escolha, alguns cuidados deverão estar presentes na bagagem de adultos e adolescentes. É o que lembra Sílvia Basile, presidente da Associação Férias Vivas (www.feriasvivas.org.br), ong que tem como missão ?educar para o lazer e o turismo seguro e responsável?, uma vez que o turista, ou mesmo morador do local em questão, está mais exposto a perigos nessa época do ano.
Acostumada a acompanhar ocorrências de diferentes naturezas, Sílvia chama a atenção para uma combinação temerosa: o consumo de bebidas alcoólicas e a busca por ?aventuras? como rafting, banana boat, passeios de buggy ou mesmo um banho em águas calmas. ?O mais importante é ter consciência de que acidentes podem ocorrer. A partir disso, ter em mente que eles podem ser evitados?, ressalta ela, insistindo que os pais não devem ter medo de parecerem chatos quando listam para os filhos os cuidados a serem tomados, nem os adultos de parecerem ?poucos corajosos? quando optam por não fazer atividades para as quais não estão preparados.
Se a opção é por brincar o Carnaval, a presidente afirma que portar documento, telefones para contato, carteira com tipo sangüíneo são medidas indispensáveis.
A relação de dicas é bem mais complexa para aqueles que vão aproveitar o feriado de Momo para banhos de mar ou atividades de turismo de aventura e lazer. É importante procurar por empresas legalmente constituídas e que tenham profissionais habilitados e experientes.
É bom também verificar o estado de manutenção dos equipamentos envolvidos nas atividades. No caso de práticas na água, deve-se ficar atento, principalmente, aos coletes salva-vidas, ver a validade e se estão de acordo com o tamanho e peso de quem vai usá-los. Em passeios aquáticos, saber o número máximo de passageiros permitido na embarcação, a capacidade do condutor (peça que a pessoa apresente a carteira de arrais (carta de habilitação) e se o local tem autorização para a prática da atividade e as condições do barco.
Em outras atividades, checar os equipamentos individuais – capacetes, calçados, cordas, entre outros – que também devem estar em boas condições. É aconselhado ainda informar-se a respeito da atividade que se vai praticar: circuito, duração, possíveis obstáculos, comunicação com a base e rotas de escape.
Nos passeios de buggy, perguntar sobre a carteira de habilitação do condutor. É bom verificar as condições do tempo em qualquer atividade a ser desenvolvida e se informar com o condutor sobre possíveis imprevistos e planejamento consciente nestes casos.
É importante notar se os operadores minimizam todos os riscos da atividade, se fazem perguntas aos participantes da aventura (se sabem nadar, se têm algum problema de saúde, apresentam os equipamentos e fornecem as informações necessárias). No caso de atividades em conjunto, o ideal é ter um grupo formado apenas por crianças e outro por adultos. As atrações mais radicais do passeio devem ser mais leves para o grupo infantil. Procure conhecer a técnica da atividade e dos equipamentos e só então decida se quer ou não correr o risco. Mais informações podem ser obtidas no site www.feriasvivas.org.br.