Não é só a distância que coloca o Estado do Pará, como uma grande surpresa para quem o conhece. Sabores exóticos, cheiros surpreendentes e ingredientes autênticos, fazem de Belém, a capital mais original do Brasil. Essa originalidade está cada vez mais se tornando referência na região norte como polo turístico e atraindo viajantes de todos os cantos do país.

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Os sabores exuberantes fizeram com que a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) criasse a primeira Escola de Gastronomia da Amazônia. O projeto, criado há pouco mais de um ano, integra o Plano Ver-o-Pará, executado pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), que tem como principal objetivo, colocar o Estado como líder turístico da Amazônia até 2020. Esse objetivo é uma questão de tempo, pois o Pará, além da culinária, tem belas paisagens, clima quente, e o carisma do povo, que mistura a descendência africana, indígena e europeia como nenhum outro.

A rede hoteleira tem condições de atender pessoas com todas as opções de hospedagens. Para os mais exigentes tem os conhecidos Hilton, Radisson, Crowne, Tulip Inn e outros. Há os intermediários e também pousadas e hostels.

Um dos lugares mais impressionantes, que o turista não pode deixar de visitar é a Estação das Docas. O espaço criado a partir da restauração do antigo porto de Belém reúne a vida cultural com gastronomia e música. Um lugar ideal para passar o fim de tarde. Ainda mais se optar em fazer o passeio pela orla da Baía do Guajará. Em pouco mais de uma hora de passeio, é possível viajar pela cultura paraense com a apresentação de artistas locais e ver o por-do-sol, que com certeza vai ficar fotografado na memória por bastante tempo.

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Mas impossível passar pela Estação das Docas e não se aventurar no mercado Ver-o-peso. São centenas de barracas dos mais variados tipos de produtos. É considerado a maior feira ao ar livre da América Latina. O mercado foi criado em 1901 e abastece a cidade com alimentos, ervas medicinais, artesanato e muito mais. Muito comum encontrar os paraenses comendo peixe com pirão feito com açaí e farinha. Em Belém, comer açaí com granola, ou banana, como se faz nas regiões sul e sudeste, é quase um crime, um sacrilégio.

Para quem prefere a natureza, a dica é o Mangal das Garças. Um espaço onde além das garças, uma diversidade de espécies de pássaros, vivem livremente pelo parque, sem se importar com os turistas e suas câmeras.

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No espaço de aproximadamente 40 mil metros quadrados, que foi criado nas margens do Rio Guamá, no centro histórico da capital, uma das maiores preocupações é a preservação da vegetação nativa, no entanto, foram criados lagos artificiais, caminhos sinuosos, canteiros e jardins, onde as iguanas são vistas com frequência.

No espaço há um borboletário, onde o turista tem a possibilidade de conhecer as plantas e principalmente fazer fotos surpreendentes, e outros lugares como o Museu Amazônico da Navegação, o Farol de Belém, o Viveiro das Aningas, a Reserva José Márcio Ayres e o Orquidário. O Hangar, como é chamado o Centro de Eventos da Amazônia, é um espetáculo à parte.

Entre os dias 12 e 15 de setembro, o espaço recebeu uma série de eventos, de segmentos diferentes, todos ao mesmo tempo. E o mais surpreendente é que não houve conflito, nem de público, muito menos de congestionamento no local.

De um lado, o Festival Internacional do Cacau e Chocolate da Amazônia, com workshop, aulas show e outros eventos paralelos, juntamente com a feira de flores Flor Pará 2013.

Em outro pavilhão, o Bispo Edir Macedo recebia milhares de fiéis para autografar o seu livro. Enquanto isso, bem ao lado, acontecia o evento Tatoo Day, um encontro de tatuadores, fazendo sua ar,te ao vivo, e animados por uma banda de rock, que não poupava volume.

Em meio a tantas atividades, acontecia a 5.ª Conferência Estadual de Cidade. Para o governador Simão Jatene, que fez questão de visitar todos os eventos, o Pará está pronto para alcançar o objetivo de liderar o turismo na região.

“Entendemos que a distância pode parecer um empecilho, mas quando o turista chega e é recebido como o calor humano do paraense, come a nossa comida e conhece as nossas belezas, vai perceber que tudo era mais perto do que imaginava”, falou o governador. Enquanto 2020 não chega, já da para se ter ideia de tudo de bom que o Pará tem. Realmente, a obra-prima da Amazônia.