Seis biomas, uma imensa biodiversidade e riqueza natural. Um povo alegre, receptivo e acolhedor. Diversas culturas, paisagens e histórias. O turista com espírito aventureiro, em busca da liberdade e do alívio do estresse diário, que deseja fugir e reencontrar as origens e lembranças da infância.
Todos esses ingredientes são um prato cheio para dois segmentos que já atingiram a “classe C” brasileira: o turismo de aventura e o ecoturismo. A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), por meio de um convênio firmado com o Ministério do Turismo (MTur), traçou o Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturista no Brasil.
“Entender o perfil do turista é importante para nos ajudar a compreender o processo de compra e de decisão dos turistas, além de identificar o público atual e o potencial”, explicou Gustavo Timo, secretário executivo da Abeta.
Cerca de 1.000 brasileiros que viajam anualmente, com idade entre 18 a 59 anos, foram perguntados sobre o que procuram, como decidem e o que gostam de fazer durante suas viagens. Uma das constatações feitas na pesquisa foi de que o turista busca o prazer e o retorno à lembranças ou desejos da infância, de forma lúdica. Para os turistas, viajar significa fugir, voltar a ser criança, brincar e não ter obrigações. 59% desses turistas viajam de carro, e as viagens se tornaram um importante momento de convivência familiar.
A humanização e a personalização do atendimento também foram características encontradas no perfil desses turistas. Além disso, não apenas o contato com a natureza é importante para eles. “A interação com a natureza e a combinação com atividades diferentes, que os turistas não encontrarão no ambiente urbano, fazem com que esses segmentos sejam valorizados” explica Sáskia Lima, coordenadora de Segmentação do Ministério do Turismo.
