Cresce demanda por programas Au Pair

Com a retomada da economia e a estabilidade do dólar, o segmento de intercâmbio volta a crescer. No entanto, o perfil do consumidor está mais diversificado e para muitos um simples curso de idiomas em uma escola no exterior não é suficiente. Os jovens não querem apenas adquirir fluência na língua, mas também ter uma experiência profissional. Prova disso é o interesse pelo programa Au Pair. Na Experimento, agência especializada nesse tipo de intercâmbio, a procura pelo Au Pair aumentou em mais de 20% em relação a 2003. Segundo a diretora Patrícia Zocchio, a empresa foi responsável pela viagem de cerca de oitocentos au pairs no ano passado. Este ano, o número já chegou a mil. Além da vontade de trabalhar em outro país, o baixo custo também atrai o interesse do jovem. O programa Au Pair é a forma mais barata de realizar um intercâmbio. Destinado a mulheres entre 18 e 26 anos que queiram morar nos Estados Unidos durante um ano, estudar e trabalhar cuidando de crianças em uma casa de família, o programa proporciona um contato direto com a rotina diária das pessoas locais, facilitando assim o aprendizado de uma nova língua. A jornada de trabalho é de no máximo 45 horas semanais com salário de US$ 139,05 por semana, além de uma bolsa de estudos de até US$ 500. Também fazem parte do pacote seguro-saúde, visto especial de trabalho para intercambistas e acomodação em quarto individual com todas as refeições inclusas. Como todo profissional, a estudante tem direito a férias remuneradas de quatorze dias, mínimo de um dia e meio de folga por semana e mais um final de semana livre por mês para passear e conhecer os atrativos do país. Os requisitos básicos são ensino médio completo, conhecimento intermediário de inglês, carteira de motorista e gostar de crianças.

Desconto

Pioneira em programas de intercâmbio cultural no Brasil, a Experimento comemora este ano seu 40.º aniversário no Brasil e aproveita para trazer a promoção Au Pair com 40% de desconto. Preço total é US$ 399, incluindo taxa de inscrição, taxa de seleção e seguro-saúde. Mais informações: (41) 363-3757 ou

www.experimento.org.br.

Programa gera experiência e oportunidades

Gostar de crianças, maturidade e boa disposição para encarar desafios são pontos fundamentais para quem pretende participar de um programa Au Pair. Essa é a opinião da economista Daiane Serenato, de 27 anos, que foi au pair por um ano em Highland Park, subúrbio norte de Chicago, nos Estados Unidos. Em Curitiba, ela era atendente de vendas na Experimento, o que a incentivou a fazer o intercâmbio pela idoneidade e segurança que o programa proporcionava aos participantes. “Além disso, resolvi ser au pair também porque sempre quis estudar fora e, com esse programa, era possível aprender inglês e ainda me sustentar”, diz Daiane, que já era formada em Economia e tinha aprendizado de inglês em nível intermediário.

Como au pair nos Estados Unidos, morou em uma casa com um casal que tinha dois filhos, Sarah e Max, então com seis e nove anos de idade. Cuidava das crianças durante todo o dia e, à noite, duas vezes por semana, estudava inglês por conta do governo norte-americano em uma high school com outros estrangeiros. Pagou cerca de US$ 1,2 mil pelo programa e lá ganhava da família US$ 140 por semana para cuidar das crianças. “Como eu tinha tudo pago, moradia e alimentação, guardava o dinheiro para comprar minhas coisas, como roupas, alimentos que eu gostava e a família não costumava ter em casa e economizei para viajar para Nova York, Disney e Califórnia”, conta.

Além de conhecer muitos lugares e evoluir consideravelmente no inglês, Daiane aponta a experiência de vida como um grande ganho. “O aprendizado pessoal foi muito além do inglês. Coisas que você não imagina que é capaz de fazer, como lutar pelos seus direitos, você descobre lá”, comenta ela, que ressalta a importância da maturidade para encarar o período de adaptação. “Depois que passa esse período, as coisas se encaixam e tudo fica bem”, complementa. Daiane mantém um bom relacionamento com a família americana até hoje, com contatos por telefone e e-mail.

Depois de um ano de volta ao Brasil, Daiane ampliou seu leque de empregabilidade. Trabalha como professora de inglês desde o começo deste ano e há dois meses também no departamento financeiro de uma empresa norte-americana. “Um dos motivos que me levaram a conseguir esse emprego é ter o inglês fluente e ter morado nos Estados Unidos, conhecer o meio de vida, a cultura deles”, acredita ela, que disputou a vaga com outros seis profissionais.

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