Apesar da crise vivida pelo setor do turismo no Brasil, as agências de viagens, redes hoteleiras e outras empresas e entidades ligadas ao trade turístico encontram caminhos e soluções que nascem como resposta ao mercado, visando melhorar não apenas o atendimento e oferta de serviços a clientes, como todo o cenário em que se encontra o turismo. A análise é do consultor e diretor da Moving Consultoria Organizacional, Luiz Gustavo Patrucco, que esteve em Curitiba ministrando a palestra “A nova realidade do setor turístico”, a convite da Abav-PR, com o apoio do Sebrae-PR e do Fórum para o Turismo Sustentável no Paraná.
Durante a palestra, Patrucco fez uma análise do turismo brasileiro e internacional com a mudança de hábitos do consumidor e a pressão política, social e econômica que o setor tem passado na última década. Para ele, 2001 foi atípico para o turismo não apenas nacional, como mundial. Com a febre aftosa no Reino Unido, Irlanda e Países Baixos, o fortalecimento do dólar e os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, a procura por pacotes nacionais aumentou muito, fazendo com que agências de viagens voltassem a apostar no turismo nacional e, com isso, as pequenas agências e operadores ganham um novo espaço no mercado.
Patrucco aponta duas saídas para a crise: a unidade associativa e a capacidade de mudança. “É necessário cobrar posturas do setor público. Neste sentido, uma lei antitruste alavancaria muitos debates e muitas vantagens aos agentes. Além disso, o turismo brasileiro precisa investir em publicidade. O turista precisa saber o quanto ele ganha confiando sua viagem a uma agência especializada”, afirma o consultor.
