As baleias jubarte nascem nas águas do litoral sul da Bahia, mais precisamente no Prado, e de lá partem para a Antártica. Elas são um importante atrativo turístico, principalmente de whale-watchers (observadores de baleias), nicho que tem crescido no mundo todo. Mas Prado não tem só esse atrativo. Um paraíso para mergulhos, praias selvagens e desertas, esportes de aventura, rica gastronomia e ótimas opções de hospedagem fazem da região um verdadeiro destino turístico que agora é descoberto pelos europeus e brasileiros do centro-sul.
Portão de entrada da Costa das Baleias, o município de Prado é o que dispõe de maior infra-estrutura turística na região. Imponentes falésias de tons variados e de rara beleza intercalam-se com planícies, praias mansas de águas mornas e convidativas, piscinas naturais e coqueirais em seus 84 quilômetros de litoral. O Balneário de Cumuruxatiba, a queda d’água do Tororão e a aldeia de pescadores de Corumbau, preferida pelo jet-set internacional, estão entre as mais disputadas atrações do município, no extremo sul da Bahia.
Observação
Os passeios de escuna, barco, trole e chalana propiciam momentos inesquecíveis para quem quer curtir a natureza. Observar as baleias é o lazer preferido de centenas de turistas que chegam para a temporada de jubartes, ou baleias-cantoras, entre julho e novembro, quando elas migram para Abrolhos, fugindo do rigoroso frio da Antártica para se reproduzirem e terem seus filhotes no mar de Abrolhos. A população das baleias já ultrapassou mil animais na área de Abrolhos, segundo o Instituto Baleia Jubarte, uma ONG criada em 1996, com sede em Abrolhos.
Essas baleias impressionam pela docilidade com que se aproximam das embarcações, encenando acrobacias e emitindo sons audíveis por microfones submersos que pressupõem a dança do acasalamento. Durante seu tempo migratório, elas não se alimentam e, no arquipélago, estão protegidas de seus principais predadores: as baleias orca, que habitam águas mais frias e são raras na região dos recifes de corais.
História
Situada exatamente na fronteira entre a Costa do Descobrimento e a Costa das Baleias, Prado tem registrado em sua história o primeiro contato entre os índios e a esquadra de Pedro Álvares Cabral, na foz do Rio Cahy, antes de chegar a Porto Seguro. Antes de 1755 os descendentes dos índios aimorés se estabeleceram na margem esquerda do rio Jucuruçu, formando ali uma aldeia com o mesmo nome do rio. Em 1795 foi elevada à categoria de Freguesia de Nossa Senhora da Purificação do Prado.
A Matriz de Nossa Senhora da Purificação, o prédio da antiga Cadeia Pública, o prédio da Pousada Colonial, a Casa Colonial do Beco das Garrafas e o sobrado da Rua Rui Barbosa, todos do século XIX, compõem o patrimônio arquitetônico da cidade, que é plana e arborizada.
Hoje, ruas coloniais, estreitas, e calçadas com paralelepípedos, casarios antigos e charmosos que datam do século XVII abrigam desde residências, lojinhas e barzinhos, até restaurantes de primeira linha.
As pracinhas da cidade, de aparência bucólica, onde visitantes e moradores costumam passear, comer pipoca ou tomar sorvetes de frutas tropicais, são uma atração à parte. Nas esquinas da cidade, o turista descobre o que realmente a baiana tem. Vestidas a caráter, com suas saias rendadas e turbantes brancos, elas vendem desde deliciosas cocadas, até apimentados acarajés.
Ecoturismo, gastronomia e hospedagem
Ainda no rol de atrativos naturais, destaca-se o Monte Pascoal. Debaixo de um céu de anil, o monumento histórico natural, distante 32 quilômetros do litoral, domina a vista de muitos ângulos, desde o mar até de diferentes aproximações pelo continente. Com 536 metros de altura, é a principal colina englobada por unidade de relevo.
Do alto do monte se tem uma visão total do parque e do mar. Lá estão os últimos remanescentes de Mata Atlântica, e sua maior parte continua inalterada, como no primeiro instante do descobrimento.
Serpenteando entre a cidade e a praia, o Rio Jucuruçu proporciona uma paisagem deslumbrante. Trapiches rústicos servem de ancoradouro a coloridos barcos pesqueiros. A pesca é artesanal e em harmonia com a natureza. Barras verdes de matas e mangues propiciam passeios inesquecíveis. O Rio Jucuruçu é sempre margeado de manguezais praticamente intocados. Importante ecossistema existente nas regiões tropicais e subtropicais, resultante do encontro da água doce dos rios com a água salgada do mar, os manguezais são verdadeiras florestas à beira-mar.
Abrolhos
Abra os olhos… é Abrolhos. O Arquipélago de Abrolhos é constituído de cinco ilhas de origem vulcânica, situadas a 52 quilômetros da costa. Seus 910 quilômetros quadrados pertencem ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, sob controle do Ibama e apoio da Marinha. Mergulhar nas águas rasas sob o topo dos chapeirões e descobrir fantásticas cavernas é uma experiência inesquecível.
Quem mergulha em Abrolhos tem a sensação de estar em um aquário gigante de água salgada. Águas cristalinas com variados tons constituem um convite ao mergulho e permitem um convívio íntimo com seres aquáticos, alguns já bem dóceis. Todo ano é possível avistar baleias com seus filhotes, de junho a novembro.
Abrolhos possui uma grande biodiversidade, como corais, diversas espécies de peixes e pássaros, como atobás, que fazem seus ninhos protegidos nas rochas das ilhas. É servido lanche a bordo das embarcações, que dispõem também de material de mergulho para aluguel.
O Parque Nacional do Descobrimento faz parte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e integra o Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Costa do Descobrimento, sendo considerado uma das 25 áreas com maior biodiversidade do planeta. Não é aberto ao público.
Gastronomia
Pratos à base de peixe e frutos do mar são os mais freqüentes em Prado, tudo em função da riqueza dos rios, mangues, lagoas, da abundância marítima e do potencial pesqueiro da região. No centro da cidade, mais precisamente no local denominado Beco das Garrafas, é onde se situa a maioria dos restaurantes da cidade.
O Restaurante Jubiabá é um mais tradicionais do Beco das Garrafas e tem como destaque um dos mais conceituados filés da região. Telefone: (73) 298-2180. Se o desejo é comer uma moqueca com produtos fresquinhos, o especialista é o Restaurante Neo Cicerone (73-298-1179), que serve moqueca baiana de postas de badejo, camarões médios, aratu e sururu.
Além de frutos do mar, há restaurantes de massa, como a Cantina do Hugo (telefone 73-298-1446); comida exótica como o Banana da Terra (73-3021-0076); cozinha internacional, como o Tarrafa (73-298-1167); e comida tailandesa, como o Espaço Gastronômico Sol & Lua (73-9994-9481).
Hospedagem
Prado tem a quarta maior oferta de leitos do Estado da Bahia. Pousadas muito bem estruturadas tanto no Prado, como em Cumuruxatiba e Corumbau oferecem diárias que vão de R$ 40 a R$ 120 por casal, durante a baixa estação, incluindo o café da manhã.
Mais informações sobre Prado e região podem ser obtidas no site www.bahiabrasil.com.br ou junto à APRHOP (Associação das Pousadas, Restaurantes e Hotéis do Prado), pelo telefone (73) 3021-0302.