Charme de Treze Tílias tem traço europeu

Quem chega a Treze Tílias, no oeste de Santa Catarina, pode se sentir em uma pequena cidade austríaca. Além da arquitetura típica, mais de 60% da população do município de 5,7 mil habitantes descende dos imigrantes do belo país europeu. O próprio nome da cidade vem de Dreizehnlinden (treze tílias em alemão), homenagem ao poeta Wilhelm Weber, que enaltecia a árvore em suas obras. Isso porque a tília, árvore de grande beleza e muito comum na Áustria, se adaptou muito bem ao clima e ao solo do município – e hoje é parte integrante da paisagem.

O intercâmbio com a pátria-mãe ainda é bastante intenso: muitos moradores viajam ao Velho Continente beneficiados por bolsas de estudo oferecidas pelo Estado do Tirol, região de origem da maioria dos fundadores de Treze Tílias. Uma curiosidade: a concentração de descendentes é tão grande que o único consulado austríaco de Santa Catarina está lá e não em Florianópolis, a capital do estado.

O município tem um portal de entrada famoso, assim como o trabalho em madeira produzido por arquitetos e artistas, revelando um dom herdado dos primeiros a chegar ao local. As obras espalham-se nos umbrais de portas, nas varandas e nos detalhes da decoração das casas. Quase todas as construções têm uma pequena torre e um galo, simbolizando a disposição do povo tirolês para o trabalho. Mas o grande destaque vai para as esculturas sacras produzidas na cidade, de todas as formas e tamanhos, conhecidas nos quatro cantos do mundo. O crucifixo da Catedral de Brasília, por exemplo, foi feito por Godofredo Thaler, escultor local e neto do fundador de Treze Tílias.

A tradição está presente ainda nos grupos de dança folclórica, que apresentam coreografias trazidas pelos antepassados e mantidas através das gerações. O sucesso é tanto que as apresentações acabam sendo levadas Brasil afora e também para o exterior.

Treze Tílias convida aos passeios a pé

Foto: Valentim Larantis
A tradição está presente ainda nos grupos de dança folclórica, apresentados na Tirolefest.

O visitante que passa por Treze Tílias não pode deixar de conhecer o Castelinho. Construído em 1936 para ser o centro administrativo da colônia que se formava, hoje é o Museu Municipal Andreas Thaler, que abriga pertences dos colonizadores e uma biblioteca com material de referência sobre o Tirol.

A Comunidade Babenberg, ponto inicial da colonização da cidade, é outro atrativo que merece uma visita. Situa-se junto à Sociedade Cultural Artística Papuan, centro de atividades culturais e recreativas. É lá que estão a Biblioteca Municipal e o Museu da Imigração.

Um bom passeio também é à Gruta de Nossa Senhora Aparecida, que fica no meio de um bosque com lagos, e a Igreja Matriz, no alto de uma colina de onde se tem uma vista privilegiada da região. Para os mais aventureiros, há as cascatas Rohrer e Frozza e as trilhas da Capela Maria Dreizehnlinden.

Foto: Iolita Cunha
O Castelinho, de 1936, hoje é o Museu Andreas Thaler.

Quer comprar uma lembrança ou presente diferente? Ateliês de escultores famosos como Bernardo Moser, Godofredo Thaler e Suzy Perondi recebem os visitantes com a mesma hospitalidade com que Treze Tílias testa a todos aqueles que passam por lá.

Hospedagem

Opção que acompanha o clima tirolês da cidade, o Bristol Multy Treze Tílias Park Hotel oferece apartamentos e suítes confortáveis com TV e sinal de antena parabólica, frigobar, telefone com discagem direta, ar condicionado e sacadas com vista panorâmica. Para o lazer, há sala de jogos, saunas seca e úmida, loja de artesanato, bar e restaurante com shows das danças típicas e música ao vivo. A ampla infra-estrutura não esquece quem vem à cidade para tratar de negócios: inclui ainda business center e escritórios virtuais totalmente equipados, recepcionistas bilíngües, mensageiro, estacionamento com manobristas e lavanderia própria.

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