Budapeste é única, sem comparações

Budapeste, a capital húngara, é chamada por muita gente de a Paris do Leste. Linda e repleta de monumentos, a Rainha do Danúbio, como também é conhecida, faz jus aos apelidos. Mas, a bem da verdade, a cidade não se encaixa em comparações – é um lugar único. Quem volta de lá sempre fala do espanto de encontrar na distante Hungria uma das capitais mais quentes da Europa. Ou de descobrir que ela é composta por duas regiões, Buda e Peste, tão distintas e tão complementares.

Todo mundo, também, volta fascinado com a deliciosa gastronomia húngara, que vai muito além do goulash e dos doces de enlouquecer. E a melhor das surpresas: a moeda local, o forint, cabe bem no bolso dos brasileiros, o que torna possível luxos impensáveis do outro lado do continente. Membro da União Européia desde 2004, a Hungria só adotará o euro em 2011.

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A emblemática Ponte das Correntes é um cartão-postal.

Budapeste é uma cidade de fibra. Tomada por mongóis, no século 13, turcos, no século 16 e pelos soviéticos no pós-Segunda Guerra Mundial, conseguiu sobreviver a todas essas invasões sem perder a beleza nem a identidade. Ao mesmo tempo, não faz feio em termos de modernidade para as metrópoles da Europa ocidental. Está cheia de lojas de grife, hotéis-boutique, restaurantes renomados e lugares para baladas. A noite é tão animada quanto a londrina: lounges, clubs e bares funcionam a todo vapor quase todos os dias da semana.

Nobres e burgueses

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No norte de Peste está a Praça dos Heróis.

Até 1873, Buda e Peste eram duas cidades separadas – e ainda hoje guardam diferenças de estilo bem pronunciadas. Buda, onde morava a nobreza, fica na parte alta. Exibe colinas repletas de árvores, ruelas de pedras e suntuosos palácios. Peste, burguesa, tem avenidas largas e é mais contemporânea e agitada. Concentra as ruas do comércio, como a Váci, o calçadão predileto dos turistas, com suas muitas lojas de moda, eletrônicos e lembrancinhas. É também em Peste que fica a Ópera (sempre com ótimos espetáculos), além de contar com cassinos, grandes hotéis e deliciosos e tradicionalíssimos cafés.


Danúbio orienta turistas nas andanças

Budapeste tem o tamanho ideal para ser percorrida a pé – e mesmo o mais perdido dos visitantes não vai ter dificuldade para se localizar se usar o Danúbio como referência. O rio marca a fronteira entre Buda e Peste e abriga boa parte das atrações turísticas em suas margens.

O melhor é começar o passeio logo de manhã cedo. Seu primeiro destino pode ser o Mercado Central, em Peste, que oferece artesanato húngaro e uma profusão de cores e aromas. Dali pegue o bonde de número 2 e faça o trajeto margeando o Danúbio até o imponente Parlamento húngaro. Inspirada na Abadia de Westminster, de Londres, essa construção gótica tem mais de 690 salas ornamentadas com estátuas de heróis nacionais e é considerada uma das mais belas da Europa. Vale a pena fazer uma visita guiada.

Perto dele fica a Basílica de Santo Estêvão, o padroeiro da cidade, responsável pela unificação do país no fim do primeiro milênio. É a maior igreja local, construída em 1851, e tem o interior repleto de pinturas, esculturas e afrescos de artistas nacionais. Mas as atrações não estão apenas nas vizinhanças do Danúbio. No norte de Peste, fica a bela Praça dos Heróis, construída em homenagem aos chefes de tribos húngaras que deram origem aos primórdios da nação. O lugar, por sinal, é um ótimo ponto para dar uma pausa nas andanças. Nas laterais da praça, os prédios da Galeria de Artes e do Museu de Belas Artes também merecem uma visita.

Quem passar para o outro lado? Então vá de bonde ou siga a pé – a cidade é mesmo gostosa para caminhar – até a emblemática Ponte das Correntes, o cartão-postal mais famoso de Budapeste, projetado pelo arquiteto escocês Adam Clark. Ao fazer a travessia, chega-se aos pés das colinas de Buda e pode subir até o alto de funicular – mais divertido e menos cansativo.

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