A Associação Brasileira de Portos Turísticos – Brasil Cruise – informou, no último dia 18, no Rio, que a temporada de verão 2002/2003 vai registrar a presença de pelo menos 56 navios de turismo na costa do País, agora que o Conselho Nacional de Imigração (CNIg) esclareceu que não serão cobradas taxas por vistos de entrada para os tripulantes dessas embarcações internacionais.
Tal cobrança decorreria da necessidade de concessão de visto temporário de trabalho para todos os tripulantes desses navios, segundo interpretação de setores do governo e das companhias de navegação, a partir da edição das Resoluções Normativas n º51 e 54 do CNIg, o que representaria um custo de US$ 350 por tripulante e inviabilizaria a escala dos navios de turismo em portos brasileiros.
O presidente da Brasil Cruise, Cadu Bueno, informou que as interpretações de exigência de vistos temporários de trabalho para os tripulantes das embarcações internacionais de turismo chegaram a ser vistas no Exterior como um sinal de que o Brasil estava novamente fechando os portos às embarcações de turismo.
“Esse tipo de exigência, que não existe em praticamente nenhum país, afugentou armadores e as agências de turismo, que reduziram a programação de escalas no Brasil e a venda de passagens marítimas, até que a situação fosse esclarecida, o que veio a ocorrer agora” – informou.
O presidente da Brasil Cruise informou que, para a temporada 2002/2003, estão sendo aguardadas seis embarcações que se deslocarão apenas pela costa brasileira, atividade denominada de cabotagem e que realizarão 392 escalas, o que representará um movimento de 431.200 visitas nas cidades com portos turísticos. “Numa estimativa conservadora, estamos prevendo que cada um desses turistas gaste nas cidades portuárias de escala o equivalente a US$ 100, o que permite antever um total de US$ 43.120.000.
Para os cruzeiros de longo curso (navios com 100% de turistas estrangeiros e que cruzam o Atlântico fazendo no Brasil escalas durante um período máximo de sete dias) são esperadas cerca de 50 embarcações, representando expressivo aumento em relação à temporada anterior que registrou a passagem de 36 navios.
Os cruzeiros de longo curso têm a previsão de aproximadamente 130 escalas para esta temporada, o que representa também um acréscimo de 34% sobre a anterior.