Nos últimos cinco anos, o número de turistas brasileiros que visitam a Austrália cresce 30% ao ano. A informação dada pelo cônsul geral da Austrália no Brasil, Gerard Seeber, é confirmada pelo número de vistos expedidos por aquele país para brasileiros. Somente no ano passado, foram expedidos dez mil vistos para brasileiros, dos quais dois mil foram para jovens com o intuito de estudar.
Curitiba é o terceiro emissor de turistas do Brasil, perdendo somente para São Paulo e Rio de Janeiro, mas é o segundo emissor de turistas que viajam àquele país para estudar, ficando atrás apenas de São Paulo.
Gerard Seeber afirma que, ao contrário do que muito se divulga, os atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos em 11 de setembro do ano passado, não foram os responsáveis por aumentar o número de turistas na Austrália. “Era uma tendência natural isso acontecer. O custo na Austrália é a metade do dos Estados Unidos”, cita ele, referindo-se às diversas vantagens de se fazer intercâmbio na terra dos cangurus.
O embaixador da Austrália John Sullivan lembra ainda que hoje há mais facilidades para o brasileiro ir para a Austrália devido ao número de vôos. Além da australiana Qantas, as companhias aéreas Lan Chile, Aerolíneas Argentinas e South African também têm vôos saindo de São Paulo.
Outro fator importante que levou ao aumento do número de turistas foi a maior divulgação do país, que teve início com as Olimpíadas de 2000, ocorrida em Sydney. “Antes das Olimpíadas, ninguém sabia muito bem nem onde ficava a Austrália”, comenta o cônsul Gerard Seeber.
O país
A Austrália tem vinte milhões de habitantes que vivem em uma área de 7,69 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, é um grande país – o sexto maior do mundo (Brasil é o quinto maior em área) – com uma população menor que a da Grande São Paulo. Só que, neste grande território, há 70% de área desértica, central, onde se explora somente o turismo.
É lá que se situa a Ayers, a maior pedra do mundo, que tem nove quilômetros de circunferência e 380 metros de altura, quase um Empire State, um dos maiores arranha-céus norte-americanos. Pela sua magnitude e por estar localizada no meio do deserto, a Ayers é um ponto turístico. Os turistas ficam pasmados com seu tamanho e encantados com as várias tonalidades por ela assumida quando o sol muda de posição. O deserto fica a cerca de 2,7 mil quilômetros de Sydney.
O país tem 47 mil quilômetros de litoral e mais de três mil parques nacionais e reservas e onze patrimônios da humanidade.
Muitos dos parques nacionais são próximos ou no interior das maiores cidades, como as Blue Mountais, situadas a apenas uma hora de trem de Sydney. Em apenas quatro horas de vôo, é possível atravessar todo o país, o que facilita e muito ao turista que quer conhecer o país em uma única viagem.
A Austrália tem cidades cosmopolitas que oferecem vida noturna agitada, restaurantes, teatros, cinemas e opções de compras. Além de sua capital Canberra, que já foi considerada a cidade mais bonita do mundo, a Austrália tem entre os destinos turísticos mais visitados a cidade de Melbourne, muito procurada por intercambistas, e Brisbane, ao norte de Sydney.
Acima de Brisbane ainda, a 2,8 mil quilômetros da capital, está Cairns, no estado de Queensland, onde fica a famosa Barreira de Corais, a sétima maravilha natural do mundo. Dizem que esta grandiosa obra da natureza, de dois mil quilômetros de comprimento, pode ser vista da Lua.
Além de city-tours, os pacotes para a Austrália oferecidos pelas operadoras no Brasil incluem também programas diferentes, como passear de camelo nas praias, a possibilidade de nadar e mergulhar ao lado de tubarões-baleia e se hospedar em uma casa de fazendeiros.
O país tem uma grande diversidade cultural pois seus povos têm diferentes formações – desde comunidades aborígenes e do Estreito de Torres, da colonização européia até imigrantes de todas as partes do mundo.
Cerca de 23% dos australianos nasceram em outro país e mais de um quarto da população tem, pelo menos, um parente nascido no exterior. Estima-se que haja pessoas de cerca de 140 países que escolheram a Austrália para viver.
O idioma oficial do país é o inglês, mas ainda é possível encontrar grupos de aborígenes que preservam os diferentes dialetos.
Aprender inglês é um dos principais objetivos dos jovens que se dirigem a Austrália para estudar. Mas o país oferece a possibilidade de o estrangeiro estudar cursos diversos, desde os de educação primária aos técnicos e profissionalizantes.
Uma forma de saber mais informações sobre estes cursos é por meio do IDP Education Australia -uma organização sem fins lucrativos que oferece gratuitamente orientação para quem quer estudar naquele país. Por ser de propriedade das universidades australianas, a IDP representa todas elas, ou seja, mais de 250 instituições de ensino do país e conta com mais de setenta escritórios de representação no mundo.
No Brasil, ele funciona somente em São Paulo, o telefone é (11) 3088-1888 e o site,
www.educationaustralia.org.br.Fique por dentro. Saiba que na Austrália …
– As temperaturas e estações do ano são bem parecidas com as do Brasil. O verão ocorre entre dezembro e fevereiro e o inverno, entre junho e agosto.
– É formada por seis Estados – Vitória, Queensland, Austrália Meridional, Austrália Ocidental e Tasmânia – e dois Territórios – Território do Norte e Território da Capital Australiana.
– É uma nação independente da Comunidade Britânica, que completou seu centenário no ano passado. O governo democrático atua com um sistema parlamentar.
– Exporta cerca de US$ 230 milhões em produtos para o Brasil, dentre eles automóveis e carvão e importa US$ 270 milhões em café, sapatos, suco de laranja, vários tipos de alimentos e também automóveis.
– A economia cresceu 4% no ano passado e deve chegar a isso novamente em 2002.
– O turismo é a terceira maior fonte de renda, representando 5% do Produto Interno Bruto. Seis por cento dos empregos são ligados ao turismo.
– O turismo é o principal produto de exportação no setor de serviço, correspondendo a 14% dos ganhos totais de exportações australianas.
– Há mais de trinta resorts de luxo.
– A moeda corrente é o dólar australiano, representado por A$.
– Não é comum dar gorjeta. No entanto, nos restaurantes, a gratificação é de até 10% do valor da conta.
– Os trens são bons meios de transporte para passeios nas cidades e zonas rurais.
– São produzidos vinhos de boa qualidade que, aos poucos, estão ganhando fãs no Brasil. Seis marcas já estão sendo vendidas em Curitiba.